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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Barbudo e Neri terminam eleição ‘menores’ enquanto Mauro, Cidinho e Fávaro ampliam poder político

Foto: Montagem/Olhar Direto

Nelson Barbudo, Neri Geller, Mauro Mendes e Carlos Fávaro

Nelson Barbudo, Neri Geller, Mauro Mendes e Carlos Fávaro

O resultado das eleições estaduais de 2022 representou a derrota política de alguns nomes consagrados em anos anteriores, como o deputado federal Nelson Barbudo (PL), que em quatro anos saiu do patamar de mais votado para apenas primeiro suplente na próxima legislatura, apesar do fortalecimento do bolsonarismo em Mato Grosso. Entre os que saíram maiores do processo eleitoral, destaque para o senador Wellington Fagundes (PL) e o governador Mauro Mendes (União), que foram reeleitos sem qualquer dificuldade.


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Em uma carreira meteórica, Barbudo foi do céu ao inferno de forma rápido. Em 2018 surpreendeu com seus 126.249 votos, mas perdeu mais da metade de seus eleitores, recebendo apenas 56.181 votos neste ano. A partir de fevereiro, terá que contar com a boa vontade dos quatro eleitos pelo PL (Abílio Júnior, José Medeiros, Amália Barros e Coronel Fernanda), caso queira ocupar uma cadeira na Câmara Federal de forma interina.

Quem também frustrou as expectativas na corrida por uma vaga de federal foi a ex-superintendente do Procon-MT, Gisela Simona (União). Após duas eleições em que ficou no quase, amargou mais uma derrota que encolheu seu capital político para o futuro.

Há quatro anos, Gisela recebeu 50.682 votos, só ficando fora da Câmara por conta do partido, o Pros, que não conseguiu votos suficientes para conquistar uma vaga. A votação, no entanto, a cacifou para disputar a Prefeitura de Cuiabá, em 2020, quando ficou em terceiro lugar, atrás de Emanuel Pinheiro (MDB) e Abílio Júnior (PL). Neste ano, apesar do apoio financeiro do partido, ficou na primeira suplência, com 28.897 votos.

Apesar da aliança com o presidente eleito Lula (PT), o deputado federal Neri Geller (PP0 saiu menor do que entrou na disputa por uma vaga ao Senado. Com apoio do ex-governador Blairo Maggi (PP), Neri acabou, em plena campanha, sofrendo um duro golpe ao ser condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a perda de mandato e inelegibilidade por oito anos.

O progressista não conseguiu seu registro de candidatura e viu seu projeto ruir, ficando com seus 310.481 votos congelados.

Passada a eleição, passou a integrar a equipe de transição de Lula e ser cotado para o Ministério da Agricultura. Seu nome, no entanto, perdeu forças, justamente, pelas complicações na Justiça Eleitoral.

Perdeu, mas cresceu

Com votação histórica, a deputada federal Rosa Neide (PT) não foi reeleita, apesar dos 124.671 votos. Mesmo fora da próxima legislatura, a petista integra a equipe de transição do governo federal e se cacifou como uma grande liderança em Mato Grosso, ainda mais pela proximidade com o presidente Lula. Além da organização do partido para as próximas eleições, ela terá forte influência nas definições quanto à disputa pela Prefeitura de Cuiabá.

Estreantes, a primeira-dama Márcia Pinheiro (PV) e o pastor Macos Ritela (PTB) não conseguiram levar a disputa pelo Paiaguás ao segundo turno, mas saíram maiores.

Esposa do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), Márcia entrou na disputa já no fim do período de convenções, após o grupo demorar a encontrar uma alternativa para enfrentar Mauro. Ficou em segundo lugar, com 267.172 votos (16,41%).

Já Ritela surgiu como azarão. Com imagem atrelada ao presidente Jair Bolsonaro (PL), chamou a atenção nos debates ao adotar a ironia como forma de ataque ao governador. Acabou a eleição com 233.543 votos (13,34%) e já se articula para disputar o Alencastro, em 2024.

Mesmo fora da urna, Emanuel participou ativamente do processo eleitoral. Para derrotar seu principal rival político, buscou agrupar nomes de oposição a Mauro e, apesar da vitória do governador, conseguiu ampliar seu capital político. Além de reeleger seu filho, o deputado federal Emanuelzinho (MDB), conseguiu colocar um aliado na Assembleia Legislativa, o vereador Juca do Guaraná (MDB), e fortalecer o sobrenome Pinheiro em outros municípios com a candidatura da esposa.

Nome confirmado para comandar o Ministério da Agricultura, o senador Carlos Fávaro (PSD) entrou 'de cabeça' na campanha do amigo Neri, assim como coordenou a campanha de Lula e Geraldo Alckmin (PSB) em Mato Grosso, atuando como ponte da chapa com o agronegócio. O esforço refletiu na influência na equipe do próximo governo federal, da qual fará parte.

Vitoriosos

Reeleitos, Mauro e Wellington saíram mais fortalecidos, especialmente pela capacidade de articulação ao formarem uma chapa vencedora. Além de suas vitórias pessoais, conseguiram bons resultados com a votação de seus principais aliados – facilitando as articulações para os próximos anos.

Aliados a Bolsonaro, venceram com ampla vantagem: Mauro com 68,45% (1.114.549 votos) e Wellington 63,54% (825.229 votos).

Entre os aliados da dupla, destaque para o ex-senador Cidinho Santos (União), coordenador da campanha de Mauro e que chegou a atuar no segundo turno em São Paulo, onde contribuiu com a campanha vitoriosa do governador eleito, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nos próximos anos, será um dos conselheiros de Mauro no Paiaguás.
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