Dois suplentes de vereadores estão entre os terroristas presos após os ataques aos três poderes, feitos no dia 8 de janeiro, em Brasília. Entre os 1.398 nomes que compõem a lista divulgada pela Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape-DF), estão: João Batista Benevides da Rocha (PSL), de Cuiabá, e Maria de Fátima Almeida Barros (MDB), de Nova Ubiratã (478 km de Cuiabá). A nova lista foi compartilhada na última sexta-feira (13), após decisão judicial que autorizou a liberação dos nomes. A defesa de João Batista enviou nota à imprensa afirmando que ele não participou de quaisquer atos de vandalismo ou de depredação de patrimônio público.
Leia na íntegra ao final da matéria.
Leia mais:
MPF se manifesta contra revogação da prisão de engenheiro que incendiou pneus na BR-163
Em 2020, João Batista chegou a concorrer a uma vaga na Câmara de Vereadores da Cuiabá, pelo então Partido Social Liberal (PSL), o mesmo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se elegeu Presidente em 2018. Na ocasião, João recebeu apenas 48 votos e foi reconhecido como suplente. Em 2021, o PLS se fundiu com o Democratas para formar o União Brasil.
Já Maria de Fátima, também conhecida como Fatinha, também concorreu a uma vaga Legislativo Municipal em 2020, pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB). No pleito, Maria obteve 16 votos e terminou o processo como suplente.
Além dos mato-grossenses, outras 1.396 pessoas estão presas acusadas de envolvimento nos atos que culminaram na destruição de prédios públicos na capital Federal. Os acusados devem responder pelos crimes de golpe de Estado, ato terrorista, associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, ameaça, perseguição, incitação ao crime e dano ao patrimônio público.
Nota á Imprensa - João Batista Benevides da Rocha
A defesa de João Batista Benevides da Rocha, patrocinada pelo advogado Akio Maluf Sasaki, informa que o Sr. João Batista da Rocha não participou de quaisquer atos de vandalismo ou de depredação de patrimônio público.
Ainda, informamos que nosso cliente esteve durante a manifestação pacífica na Praças dos Três Poderes e dela se retirou a partir do momento em que verdadeiros criminosos começaram os atos evidentemente terríveis noticiados nacionalmente.
Inclusive, a manifestação a qual o Sr. José se propunha visava demonstrar o seu descontentamento com a nomeação de Ministros e demais cargos de forma política ou com pessoas investigadas por atos de corrupção, jamais contra a democracia ou o estado de direito.
Por fim, relatamos que a detenção pela Polícia Federal ocorreu em frente ao Quartel-General do Exército e não em flagrante delito nos poderes, motivo pelo qual a defesa acredita e reforça a inocência total deste em relação a quaisquer crimes praticados por radicais.
Akio Maluf Sasaki
Brasília - DF
