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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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BASTIDORES DA DEMISSÃO

Policial preso após ataques no DF diz que general cuiabano ameaçou e 'colocou dedo na cara' de governistas

Foto: Reprodução

Policial preso após ataques no DF diz que general cuiabano ameaçou e 'colocou dedo na cara' de governistas
Reportagem do jornalista Guilherme Amado, do site Metrópoles, relata a escalada da tensão na relação entre o ex-comandante do Exército, o general cuiabano Júlio César de Arruda, e membros do Governo Federal, em especial com o interventor Ricardo Cappelli e o ministro da Justiça Flávio Dino. As duras discussões foram citadas no depoimento do ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Fábio Augusto Vieira, preso por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.


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Arruda foi demitido pelo presidente Lula (PT) no sábado (21), um dia após os dois se reunirem com os demais chefes das Forças Armadas. A demissão do general foi sacramentada quando chegou a Lula a informação de que ele não demitiria o tenente-coronel Mauro Cid.

Cid era o principal ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e hoje está lotado no 1º Batalhão de Ações e Comandos, em Goiânia (GO). Ele é acusado, segundo investigação autorizada pelo STF, de manejar recursos em espécie sacados de cartões corporativos. O dinheiro, de acordo com o inquérito, foi usado até para pagar contas pessoais da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e de familiares dela.

A crise que culminou na exoneração de Arruda teria começado ainda no dia 8 de janeiro. Reportagem do jornal americano Washington Post já havia relatado que naquele dia o general havia impedido prisão de golpistas em frente ao quartel-general. A informação foi confirmada no depoimento do coronel Fábio Augusto Vieira.

Vieira é investigado por suspeita de omissão na contenção dos atos e está preso no Regimento de Polícia Montada (RPMon) da PM. Em seu depoimento, ele contou que a primeira discussão do general Arruda naquela noite foi com o interventor Ricardo Cappelli, momento em que o então comandante do Exército teria colocado o dedo na cara do governista.

O policial preso disse ainda que em dado momento, Arruda dirigiu-se a ele, também com o dedo em riste. “O senhor sabe que a minha tropa é um pouco maior que a sua, né?”, disse, em tom de ameaça, referindo-se às tropas da PMDF e do Exército.

O momento mais tenso, segundo a reportagem, teria ocorrido depois que os ministros Flávio Dino, José Múcio (Defesa) e Rui Costa (Casa Civil) chegaram e se reuniram com Arruda, a sós. Neste momento, o general exigiu que os ônibus dos golpistas, que haviam sido apreendidos pela Polícia Militar por ordem de Dino, fossem devolvidos. Dino afirmou que não devolveria, porque era prova do cometimento de um crime, e assim seriam tratados. Em meio à uma discussão acalorada, os dois tiveram que ser acalmados por Rui Costa.
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