A partir de 1º de fevereiro, poucas mudanças serão vistas na nova legislatura da Assembleia Legislativa. Com baixa renovação – apenas seis novos deputados -, o destaque fica para a redução da chamada “Bancada da Bala” e a intenção de se formar um grupo voltado para atender as demandas de Várzea Grande, que nos últimos anos não teve representante direto no Legislativo.

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O grupo de parlamentares oriundos das Forças de Segurança chegou a ter três representantes na última legislatura, após as eleições de outubro, no entanto, apenas Elizeu Nascimento (PL) se reelegeu – ficaram de fora João Batista (PP) e Delegado Claudinei (PL).

A “Bancada da Bala” foi responsável por, por exemplo, barrar a votação de projeto de lei (619/2021) que obriga a instalação de câmeras no interior de viaturas, aeronaves, coletes e capacetes dos integrantes da Segurança Pública.

Além de João Batista e Claudinei, também não voltam os deputados Allan Kardec (PSB) – que virou secretário estadual de Ciência e Tecnologia -, Ulysses Moraes (PTB), Dr. Gimenez (PSD) e Xuxu Dal Molin (União).

Serão substituídos por Juca do Guaraná (MDB), Claudio Ferreira (PTB), Diego Guimarães (Republicanos), Beto Dois a Um (PSB), Júlio Campos (União) e Fabinho (PSB). Os dois últimos, com base eleitoral em Várzea Grande, estudam a formação de uma bancada, junto ao presidente Eduardo Botelho (União), voltado a buscar recursos e atender as demandas do municípios, que retoma representatividade.

Bancadas partidárias

A partir de fevereiro, a ALMT terá poder concentrado entre três partidos que conseguiram eleger quatro deputados cada: MDB, União Brasil e PSB.

Partido do governador Mauro Mendes, o União elegeu os já deputados Eduardo Botelho, Dilmar Dal Bosco e Sebastião Rezende; além do ex-governador Júlio Campos.

Segunda força, o PSB reelegeu Max Russi e Dr. Eugênio. A sigla ainda terá os novatos Fabinho e Beto Dois a Um. O MDB manteve as quatro cadeiras no Legislativo ao chegar a 217.896 votos, reelegendo Janaina Riva, Thiago Silva e Dr. João. O vereador e presidente da Câmara de Cuiabá, Juca do Guaraná, é a novidade da sigla.

Com dois deputados cada PSD, Republicanos, PL e as federações Brasil da Esperança (PT/PV/PCdoB) e PSDB/Cidadania chegam ao Legislativo com a mesma força.



Regiões

Dos 24 deputados que tomarão posse, 12 têm domicílio eleitoral em Cuiabá e um em Várzea Grande e representam a Baixada Cuiabana. A localidade compõe a região Centro-Sul de Mato Grosso, formada também pelo município de Tangará da Serra (257 Km de Cuiabá), que conquistou uma cadeira na Assembleia Legislativa. Cinco representarão a região Sudeste. A região Médio-Norte elegeu dois parlamentares e Norte, Nordeste e Oeste um cada.



Negros e brancos

Apesar de representar 52,2% das 329 candidaturas a deputado, negros – a junção de pretos e pardos -, foram eleitos para ocupar apenas oito cadeiras da Assembleia Legislativa, 33,3% do total, a partir de fevereiro de 2023. Brancos representam 47,7%.

O número representa um aumento de 60%, em relação a legislatura que termina, com apenas cinco deputados que se autodeclaram pardos. Na legislatura eleita em 2014, a situação foi similar, já que seis parlamentares eram pardos.

No pleito de 2022, apenas União Brasil (2), PSB (1), PTB (1), Republicanos (1) e PL (2) elegeram pardos; o único a se autodeclarar preto foi Juca. Os demais que se enquadram como negros são Botelho, Gilberto Cattani (PL), Júlio, Fabinho, Claudio Ferreira, Diego Guimarães e Elizeu.