Coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, informou que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados será provocado nesta quinta-feira (2) para avaliar um pedido do PSOL que requer a cassação dos mandatos de Abílio Brunini (PL), Silvia Waiãpi (PL-AP), Clarrissa Tércio (PSC-PE), e André Fernandes (PL-CE). Conforme o pedido, todos eles teriam minimizado os ataques à democracia e difundido notícias falsas com propósito "flagrantemente golpista".

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A representação preparada pela bancada do PSOL quer que a Casa dê uma resposta aos casos de parlamentares que incentivaram, participaram ou apoiaram os atos golpistas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro.

"Apesar dos atos terem chocado todos aqueles defensores do Estado democrático de Direito, alguns parlamentares se sentiram representados por tais atos, justificando, via redes sociais, a prática criminosa e veiculando fake news acerca dos fatos", diz trecho da representação que será encaminhada ao Conselho.

Conforme Olhar Direto já havia adiantado, Abílio gravou um vídeo no Salão Verde da Câmara minimizando os ataques ao Congresso Federal. Na ocasião, o parlamentar foi repreendido por uma mulher que se apresentou como “apoiadora do PT”.

As imagens ganharam o Brasil e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), reagiu. Na época, Lira afirmou que os deputados que estivessem negando a destruição da Casa após os ataques terroristas do dia 08 de janeiro serão responsabilizados. Ao ser questionado se estava falando do caso de Abílio, o presidente da Câmara confirmou que sim.

Presidente do PL de Mato Grosso, o senador Wellington Fagundes afirmou que Abílio pediu socorro ao Diretório para evitar punições.

Ao Olhar Direto, a ex-deputada federal Rosa Neide (PT) disse que havia conversado com Lira sobre o assunto e que uma comissão deveria ser criada para apurar a conduta desses parlamentares.