Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Carlos Fávaro (PSD) preferiu não polemizar sobre o fato de ainda não ter se reunido com o governador Mauro Mendes (União) para tratar de assuntos ligados à pasta e a Mato Grosso.

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Fávaro, que já recebeu governadores como Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte, afirma que não tem qualquer rejeição a se encontrar com o chefe do Paiaguás e que isso irá ocorrer quando tiver algum tema importante a ser tratado. Discurso similar ao de Mauro, quando questionado pelo fato de ter ido a Brasília duas vezes neste ano e não ter buscado agenda com o senador licenciado.

“Não tenho nenhuma pauta específica com o governo do Estado, estou cuidando do novo Plano Safra, montando a equipe do ministério, trabalhando muito nessa questão da mudança da imagem dos produtores brasileiros, muito focado em abrir o diálogo com todos os homens e mulheres de bem que querem construir uma ponte para um agronegócio melhor. Com relação com o governo do estado, quando houver necessidade, terá diálogo aberto também”, afirmou, em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

Fávaro garantiu que apesar da não proximidade, tem trabalhado para trazer investimentos a Mato Grosso. "Não deixo de pensar em Mato Grosso. Negociei muito com ministro Renan Filho mais recursos para a manutenção das nossas estradas federais, serão R$ 370 milhões emergenciais para escoamento da safra, mais R$ 126 milhões para retomada da construção da Rodoanel aqui em Cuiabá, e a garantia de que nos próximos dias, após esse período emergencial, lançaremos novas obras de infraestrutura e outras políticas".

"Independente do governador ter ido lá ou não, Mato Grosso está na pauta prioritária do governo e continuará. Vou contribuir honrando o povo que me elegeu. Não tenho nenhuma pauta específica com o governo", completou.

Fávaro se distanciou de Mauro no período eleitoral, quando o governador decidiu compor com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiar a reeleição do senador Wellington Fagundes (PL). O ministro, que apoiou Neri Geller (PP), decidiu então buscar espaço na chapa de oposição e ser coordenador da campanha de Lula (PT) em Mato Grosso.

Com a vitória do petista, trabalhou na transição e se tornou ministro, mantendo distância de Mauro. Fávaro também trabalha para viabilizar projeto político de disputar o governo em 2026.