A Polícia Civil prendeu Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, na manhã desta quinta-feira (23), em uma residência no bairro Jardim Califórnia, em Sinop (480 km de Cuiabá). Edgar e
Ezequias Souza Ribeiro, de 27, morto na tarde desta quarta-feira (22) em confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope), são responsáveis por um massacre com sete óbitos, motivados pela perda de aposta em jogos de sinuca num bar da cidade.
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A prisão aconteceu após o advogado de Edgar informar a Divisão de Homicídios da Polícia Civil que o acusado se entregaria. Acompanhada da imprensa, a Polícia Civil se deslocou ao local informado e realizou a detenção do acusado. No caminho para viatura e já algemado, um repórter perguntou a Edgar se ele pensou em “poupar vida”. Edgar sinalizou com a cabeça respondendo que "sim".
Na delegacia, o delegado Bráulio Junqueira informou que Edgar está fora do flagrante, porém detido em decorrência de mandado de prisão temporária de 30 dias, decretada pela 1ª Vara Criminal de Sinop. Edgar irá prestar depoimento ao delegado ainda hoje e posteriormente será encaminhado ao presídio.
As sete pessoas mortas pelos criminosos foram identificadas como: Getúlio Rodrigues Frazão, 36 anos; a filha Larissa Frazão de Almeida, 12 anos; Maciel Bruno de Andrade Costa, 35 anos, (dono do bar); Orisberto Pereira Souza, de 38 anos; Adriano Balbinote, 46 anos; Josué Ramos Tenório, 48 anos, e Elizeu Santos da Silva, de 47.
Chacina
De acordo com registro da ocorrência, Edgar e Ezequias estavam jogando sinuca com as vítimas em um bar da cidade e teriam perdido R$ 4 mil em aposta. As vítimas, então, teriam zombado dos autores que em dado momento foram embora.
No entanto, logo depois eles retornaram armados com uma pistola 380 e uma espingarda calibre 12, atiraram contra sete pessoas e depois fugiram. Seis morreram ainda no local e uma foi socorrida em estado grave.
Acionada, a Divisão de Homicídios esteve no local e após conclusão da perícia e recolhimento dos corpos se deslocou ao Hospital Regional para onde Elizeu havia sido encaminhado pelo Corpo de Bombeiros. Elizeu passou por cirurgia, mas por volta das 23h teve o óbito constatado.
No dia seguinte ao massacre, a S10 usada pelos criminosos foram encontradas em um terreno baldio no residencial Gente Feliz. No interior do veículo havia também a espingarda calibre 12, munições, uma garrafa de Velho Barreiro e uma carteira com cartões.
