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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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Evangélicos presos em atos antidemocráticos em Brasília dizem que foram mobilizados por igrejas

Foto: REUTERS/Antonio Cascio

Evangélicos presos em atos antidemocráticos em Brasília dizem que foram mobilizados por igrejas
A moradora de Sinop (480 km de Cuiabá) Sirlei Siqueira concedeu depoimento à Polícia Federal e afirmou ter viajado para os atos antidemocráticos em Brasília, no dia 8 de janeiro, em “uma "excursão da Igreja Presbiteriana Renovada". Questionada, ela não deu detalhes sobre o financiador.


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Também morador de Sinop, Jamil Vanderlino afirmou ter viajado em um "ônibus financiado por igreja evangélica". Questionado sobre os detalhes, ele se recusou a responder às perguntas da PF. "Fará uso de seu direito de permanecer calado", registra o documento. Procurada, a Igreja Presbiteriana Renovada de Sinop disse que os pastores não participaram do ato do dia 8 de janeiro e afirmou desconhecer quem teria organizado a excursão.

As informações foram reveladas pelo colunista da UOL, Aguirre Talento. Conforme divulgado, evangélicos bolsonaristas relataram, em depoimentos prestados à PF, que igrejas de diversos estados do país bancaram ônibus e organizaram caravanas para o evento. UOL obteve e analisou, durante a última semana, cerca de 1.000 depoimentos sigilosos prestados por extremistas presos no acampamento.

Ainda segundo a Coluna, a informação sobre o financiamento por igrejas evangélicas foi citada aos investigadores por pelo menos cinco pessoas. Outros relataram também a participação de empresários no financiamento e até mesmo o recebimento de doações para que viajassem a Brasília para participar do ato antidemocrático.

Em um dos depoimentos, um aposentado de Uberlândia (MG) relatou ter recebido a oferta de um pastor quando participava de manifestação em um batalhão do Exército naquela cidade, mas afirmou não se lembrar de quem era o financiador nem deu detalhes sobre a denominação religiosa à qual pertenceria.

"Informa que teria conversado com um pastor, que não se recorda o nome, que teria conhecido próximo ao Quartel em Uberlândia, e ele informou que o interrogado poderia ir ao ônibus de graça para Brasília", disse Edinilson Felizardo da Silva, em trecho do depoimento. Questionado, ele respondeu que o pastor não lhe ofereceu nenhuma outra vantagem financeira para a viagem, além da passagem.

O ato antidemocrático resultou na depredação das sedes dos Três Poderes e na prisão de mais de 1.800 pessoas, que participaram do quebra-quebra ou que estavam acampadas no quartel-general do Exército, em Brasília. Após os depoimentos e audiências de custódia, cerca de 1.400 permaneceram presos. Nas últimas semanas, o ministro Alexandre de Moraes proferiu decisões autorizando a soltura de aproximadamente 1.000 presos. Cerca de 400 permanecem detidos até o momento.

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