Com a expectativa de votação na próxima semana, o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União), garantiu amplo debate sobre o projeto de lei que pretende obrigar a instalação de câmeras nas fardas de policiais militares em Mato Grosso. Afirmou que todos serão ouvidos, com exceção dos bandidos.

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“Não sei se será colocado em votação já, mas é assunto que será bem debatido aqui dentro, nada no afogadilho. Vamos ouvir os policiais, só não vamos ouvir bandido aqui dentro, de resto, vamos ouvir todos”, afirmou, durante conversa com a imprensa.

O projeto tem gerado embate entre o autor, Wilson Santos (PSD), e membros da chamada “Bancada da Bala”, contrários à medida. Nesta semana, o parlamentar alfinetou a viagem realizada pelo colega Elizeu Nascimento (PL), que preside a Comissão de Segurança, para tentar contrapor o projeto que visa a implantação de câmeras nas fardas de policiais militares no Estado.

Elizeu esteve em São Paulo dias antes de Wilson, que visitou a cidade para conhecer as especificidades técnicas do programa Câmeras Operacionais Portáteis (COP), já em funcionamento por lá.

“Nós fomos em ambientes diferentes. Elizeu e Cattani não foram conhecer os aspectos técnicos do programa, não estiveram com o comandante da PM, não foram ao Comando Geral, não estiveram com os operadores do programa. Eles foram em associações de soldados e cabos, de sargento, ouviram o secretário de Segurança, que é político e deputado federal do partido deles. Então, eles foram ver aspectos políticos contra o programa, eu fui ver aspectos técnicos. A diferença é essa”, disse Wilson.

Elizeu é contrário ao projeto que, segundo ele, "incrimina" os policiais militares, pois apenas a PM será obrigada a utilizar o equipamento.

Este é o segundo projeto apresentado por Wilson. Na Legislatura passada, proposta similar ficou engavetada na Comissão de Segurança, já presidida por Elizeu.