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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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Secretaria de Saúde pede 90 dias para instalar primeiro Ambulatório Trans em MT; entidades aprovam projeto

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Secretaria de Saúde pede 90 dias para instalar primeiro Ambulatório Trans em MT; entidades aprovam projeto
Durante reunião com entidades, realizada nesta quinta-feira (23), a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) apresentou um projeto de instalação do primeiro Ambulatório Trans em Mato Grosso. A pasta declarou que o ambulatório deve entrar em funcionamento no prazo de até 90 dias. O encontro foi acompanhado pela Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso e por representantes de entidades e coletivos LGBTI+. 


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Segundo a SES, o estado investirá aproximadamente R$ 5 milhões na implantação do Ambulatório Trans e o Governo Federal deve repassar R$ 10 mil para a manutenção mensal da unidade. Conforme estimativa apresentada pela Defensoria Pública, o atendimento será prestado a cerca de 550 usuários.

De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, o ambulatório deve entrar em funcionamento no prazo de até 90 dias. O Ambulatório Estadual será referência em atendimento para todo o estado e ofertará atendimento multidisciplinar.

“O Sistema Único de Saúde (SUS) precisa acolher a população trans e dar suporte, ofertar o tratamento adequado com a atenção e dignidade que todos merecem. Em 90 dias iniciaremos os atendimentos”, disse.

O representante do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat) em Mato Grosso, Anthony Santana, afirmou que o projeto atende uma reivindicação antiga da comunidade. Em entrevista a reportagem do Olhar Direto, Anthony afirmou que o cuidado com a formação dos profissionais de saúde que vão atender no espaço é essencial. 

“Nós gostamos do projeto apresentado, já que o Estado vai assumir toda a responsabilidade para instalação do ambulatório. Fico contente em relação a todo o cuidado que a Secretaria de Saúde tomou, com a possibilidade de formação dos profissionais para receber a população trans, como a questão dos pronomes, identificação. Ficamos contentes porque agora temos um prazo, logo teremos atendimento de qualidade, uma saúde digna”, disse. 

A unidade contará com profissional clínico geral, endocrinologista, ginecologista, urologista, psiquiatra, psicólogo, enfermeiro e assistente social. Também será vinculada ao ambulatório a Farmácia Estadual, para a retirada dos componentes prescritos pelos médicos, e uma referência hospitalar para as demandas cirúrgicas.

Dentre as diretrizes do Ambulatório Trans, está o acesso e acolhimento digno e respeitoso, o combate ao preconceito institucional, a integralidade e o tratamento digno. A defensora pública Rosana Leite, coordenadora do Núcleo de Defesa das Mulheres de Cuiabá (Nudem), avaliou positivamente a iniciativa. 

“É uma lacuna que será suprida e que nos traz imensa felicidade pelo quanto atenderá, de fato, as pessoas que necessitam. Sem dúvidas, é um ganho imenso para os Direitos Humanos”, pontuou.
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