O governador Mauro Mendes (União) reforçou a corrente dos críticos ao presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União), por manter apenas uma sessão ordinária por semana. O chefe do Executivo estadual afirmou que a situação é preocupante e demonstrou avaliar que os deputados trabalham pouco.
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“É preocupante. Se o Legislativo está dizendo que só precisa se reunir uma vez por semana, tem que entender melhor qual é essa lógica e esse papel que estão desempenhando. Eu aqui trabalho em média 12h por dia e sempre tenho a sensação que é pouco”, afirmou, em conversa com a imprensa nesta terça-feira (28).
A declaração de Mauro foi dada ao ser questionado sobre o fato de Botelho ter questionado o Executivo e afirmado que a ALMT não aceitaria mais votar mensagens do Paiaguás em regime de urgência, como se tornou comum durante o primeiro mandato maurista.
O governador concordou com Botelho, mas ponderou que em alguns temas será preciso que o Legislativo analise projetos do Paiaguás de forma rápida. Segundo ele, existem exceções que fogem do controle do próprio governo.
“Existem situações que surgem de última hora e que vamos mandar para a Assembleia. Se achar que trabalhando uma vez por semana é assim que vai contribuir com Mato Grosso, é uma decisão que os deputados podem tomar”, disse.
A permanência de uma única sessão às quartas-feiras tem sido bastante criticada até mesmo dentro da própria Assembleia. Semanas atrás, Júlio Campos (União) disse que os deputados trabalham pouco e que apenas uma sessão por semana é insuficiente para tudo que precisa ser feito e, por isso, deve apresentar projeto para a realização de mais sessões ordinárias.
Botelho rebateu a crítica e garantiu que todos os projetos estão sendo votados em tempo hábil. Neste ano, o presidente chegou a anunciar a realização de sessão vespertina nas quartas, mas a promessa não se concretizou. A concentração das sessões em apenas um encontro semanal ocorreu durante a pandemia da Covid-19, por conta do isolamento de parlamentares e servidores.