Apesar do pouco efetivo policial durante os ataques em Confresa (1.160 Km de Cuiabá), o governador Mauro Mendes (União) afirmou que a segurança nos municípios está sendo garantida pelo governo. Segundo ele, ações criminosas como as deste domingo (9) são comuns em outros estados e são fruto da omissão do Congresso Nacional ao não atualizar as leis do país.
 
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“A Segurança está sendo garantida. Episódio como esse, lamentavelmente, acontece em todo o Brasil. A Lei brasileira para combater o crime no país é frouxa. Não está produzindo os efeitos que nós cidadãos gostaríamos. Tanto, que se olharmos os últimos 30 anos do Brasil, todos os indicadores de Segurança pioraram. Mostra que o arcabouço legal, que todos os instrumentos jurídicos que o Estado tem não estão sendo suficientes para combater e o crime organizado está aumentando”, afirmou, em conversa com a imprensa nesta segunda-feira (10).

Para corroborar com sua teoria, Mauro cita um caso semelhante ocorrido em abril do ano passado, quando 30 criminosos tentaram assaltar uma empresa de transporte de valores em Guarapuava, no Paraná. Na ação, três pessoas ficaram feridas.

“Algo idêntico ao que aconteceu ali, até um pouco mais grave, aconteceu em Paraná. Isso vive acontecendo no Brasil, lá no Rio de Janeiro todos os dias. Por isso digo que a Segurança Pública no Brasil precisa de um olhar especial do Congresso Nacional, paras impor um limite através de lei, muito mais dura que temos hoje. Nossos policiais vão arriscar a vida, com operação caríssima para o contribuinte e, dois três anos depois, esses cidadãos vão estar soltos novamente”, declarou.

Chamamento de novos policiais

Mauro ainda refutou o movimento que surgiu nas redes sociais, que utilizaram o caso de Confresa para defender o chamamento de mais aprovados no concurso da Sesp.

Na semana passada, o governador anunciou que a convocação de 908 classificados a partir do dia 17 de abril. Passam a integrar as forças de Segurança: na Polícia Militar, 515 novos soldados, 30 oficiais e 5 médicos; na Polícia Civil, 180 investigadores, 120 escrivães e 15 delegados; e nos Bombeiros 100 soldados e 15 oficiais.

De acordo com Mauro, o número de convocados segue planejamento que a Sesp e Forças de Segurança apresentaram, levando em consideração o efetivo mínimo que cada cidade deve ter. O gestor garantiu que todos os menores municípios terão ao menos 12 policiais e defendeu que não há como colocar em risco o equilíbrio fiscal de Mato Grosso, reconquistado nos últimos quatro anos.

“O número foi feito em função de um planejamento, os pequenos municípios a quantidade mínima são 12. Isso vai ser garantido em todos os municípios de Mato Grosso. Gostaria de chamar 2 mil, 3 mil, mas a Sesp já é o maior orçamento do Estado, quanto mais gente chamarmos, mais esse custo aumenta e essa conta vai para o bolso do cidadão mato-grossense. Então, temos que ter juízo, responsabilidade e fazer isso sem afetar os índices dentro do governo. Índices que nos dão condição hoje de ser nota A no Tesouro e de pagar a RGA”, explicou, completando que o Paiaguás também investe em tecnologia.