Após reunião com o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (UNIÃO), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu marcar um encontro com todos os governadores do país para tratar da reforma tributária.
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Mendes e o parlamentar tiveram um encontro na manhã desta terça-feira (20), na residência oficial de Lira. Já a agenda com os demais governadores ficou marcada para quinta (22), às 10h.
Durante a agenda, o governador relatou a importância da reforma para o país, mas sugeriu mudanças no modelo em discussão para evitar prejuízos não só a Mato Grosso, como também a outros estados e cadeias econômicas.
"Viemos não para criticar, mas para contribuir. É preciso fazer alguns ajustes para que as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste continuem sendo competitivas, em especial na pequena e média indústria. Também precisamos pensar nas empresas menores do setor do comércio regional, que podem ser ainda mais prejudicadas pelo comércio eletrônico", afirmou o governador.
Para Arthur Lira, as sugestões trazidas pelo governador precisam ser colocadas na mesa, assim como as possíveis contribuições dos demais governadores.
"Estamos confiantes na aprovação desse projeto, porque é uma medida necessária para destravar o país. Temos ouvido todos os agentes políticos e segmentos econômicos. Tratar isso com os governadores vai enriquecer o debate e ajudar a encontrar soluções em comum", afirmou Lira.
Também participaram da reunião: o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha; a senadora Margareth Buzzetti (PSD); o deputado federal Fábio Garcia (UNIÃO); e os secretários de Estado Mauro Carvalho (Casa Civil) e Rogério Gallo (Fazenda).
As sugestões
Entre os pontos sugeridos por Mauro Mendes está a inclusão de um crédito outorgado de 5% para as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, no intuito de preservar o desenvolvimento industrial dessas regiões - tendo em vista que a reforma prevê a extinção dos incentivos fiscais.
De acordo com o governador, o modelo que está sendo pensado na reforma é benéfico apenas para as grandes indústrias, mas pode prejudicar milhares de pequenas e médias empresas que vivem da atividade industrial.
Mauro Mendes também recomendou alterações na transição da tributação; instituição de um seguro receita; instituição de contribuição para infraestrutura e habitação em substituição aos fundos já existentes em alguns estados; e vedação da tributação do Simples Nacional pelas plataformas nas operações e prestações interestaduais.