Ainda sobre a polêmica votação da reforma tributária, aprovada na Câmara Federal na sexta-feira (7), o governador Mauro Mendes (União) negou que a mensagem enviada no grupo da bancada mato-grossense em Brasília (DF) tenha sido uma orientação de voto. Na ocasião, o chefe do Executivo estadual afirmou que as mudanças no relatório final da matéria eram positivas para Mato Grosso e que apoiava o texto apresentado pelo relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
De fato, apenas Fábio Garcia (União) – que se licenciou na sequencia da votação para assumir comando da Casa Civil – seguiu o entendimento de Mauro, votando sim à matéria. Emanuelzinho (MDB), que é vice-líder do governo, já havia se manifestado favoravelmente. Já o restante da bancada, continuou contrária. São eles: Abílio Júnior, Amália Barros, Coronel Fernanda e José Medeiros – ambos do PL; assim como Coronel Assis (União) e Flavinha (MDB).
“Quando percebi que algumas modificações eram boas para Mato Grosso, entrei no grupo. Não era orientação de voto, quem sou eu para orientar? Entrei no grupo e coloquei claramente que existia o compromisso do relator de melhorar muitos itens. Não é o ideal, mas vamos continuar a luta no Senado para trazer mais algumas melhorias. Foi isso que coloquei no grupo, mas cada deputado sabe o que faz, tem autonomia, não foi orientação”, disse, durante entrevista à Rádio CBN Cuiabá, na manhã desta segunda-feira (10).
Sobre o fato de apenas Fábio ter mudado o voto, Mauro destacou que o deputado foi o principal membro da bancada a acompanhar as reuniões que teve em Brasília nas últimas semanas. O governador cumpriu intensa agenda em Brasília, com governadores e deputados, como o próprio relator do texto e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP).
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“O que é melhor, você ficar de longe criticando ou encostar na turma que está decidindo e produzir modificações que sejam boas para Mato Grosso? Ficar de longe criticando, gravando vídeo, esculhamba, mas isso não traz resultado. Então, eu encostei, negociei, fiz várias reuniões. O Fábio foi o deputado que mais esteve conosco nessas negociações. Tem muita proximidade com o Agnaldo e o presidente Lira. Era falar com Fábio e ele conseguir uma reunião com Aguinaldo, o cara mais procurado do Brasil”, pontuou.
Por fim, Mauro destacou que apesar de não ser o texto ideal, as mudanças garantiram o não aumento do valor da cesta básica, assim como a garantia de que os produtores rurais não irão pagar muito mais caro para produzir.
Sobre a votação no Senado, o governador explicou que será mais fácil discutir outras modificações, já que o número de parlamentares é menor e os estados tem a mesma representatividade (três senadores cada).
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