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Votação da Reforma Tributária amplia divisão ideológica no PL e deputado prevê debandada de parlamentares

10 Jul 2023 - 18:41

Da Redação - Érika Oliveira / Do Local - Max Aguiar

Foto: Reprodução

Votação da Reforma Tributária amplia divisão ideológica no PL e deputado prevê debandada de parlamentares
O deputado federal Abílio Júnior confirmou, em entrevista ao Olhar Direto, o "quebra-pau" entre deputados bolsonaristas do PL e correligionários que votaram a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária. O barraco aconteceu em um grupo de WhatsApp e ganhou a imprensa nacional nesta segunda-feira (10).


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Abílio afirma que optou por não se envolver na discussão, que teria sido protagonizada por cerca de dez parlamentares – que votaram contra e outros que votaram a favor da reforma – e teve direito a xingamentos, acusações e até ameaça de saída da legenda.

A bancada do PL na Câmara tem atualmente 99 parlamentares. Na votação em primeiro turno da proposta que muda o sistema de impostos do país, a sigla deu 20 votos a favor, enquanto 75 foram contrários.

O debate acalorado entre os deputados aconteceu neste domingo (9) e só parou depois que o líder da sigla, Altineu Côrtes (PL-RJ), decidiu bloquear o grupo.

“Eu acho que o Altineu foi muito correto em fechar o grupo, porque se o print vazou não era um grupo tão secreto assim, não é?! O Altineu é um cara muito articulado e ele consegue conversar com os dois lados. E nenhum partido é unânime. O que nós precisamos é ter maturidade de enxergar politicamente o que é a oposição, a direita e entender que isso extrapola os limites da sigla partidária. E começar a calcular as coisas”, defendeu Abílio.

O parlamentar de Mato Grosso ainda deu detalhes do que, em sua avaliação, têm elevado a temperatura dentro do partido.

“O PL agora é de direita, mas não era historicamente, então também reúne deputados de centro. Esses deputados de centro acreditaram que o Bolsonaro iria ganhar a eleição, eles queriam estar no partido do presidente. Eles nunca foram de direita ou bolsonaristas, eles queriam a reeleição. Agora eles estão frustrados, porque mudou o governo e eles querem seguir na base, mas estão num partido que é oposição. A briga tá dando aí, porque queima a imagem do partido. Eles estão ameaçando sair e é bem provável que muitos saiam mesmo, mas para sair eles precisam da autorização do presidente [Valdemar Costa Neto]”, considerou o deputado.

A aprovação da Reforma, com um placar folgado, representou uma derrota para a legenda e um sinal da fragilidade da liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se empenhou pessoalmente contra a proposta. Nos bastidores, após a treta no grupo de WhatsApp, o PL já vem sendo chamado de “novo PSL”. Antes de se fundir com o DEM, o PSL se desintegrou em 2019 após apoiadores fiéis a Bolsonaro e outra parte da bancada entrar em uma briga fratricida.
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