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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Abílio nega transfobia contra Erika Hilton, mas deve ser acionado no Conselho de Ética

Foto: Reprodução

Abílio nega transfobia contra Erika Hilton, mas deve ser acionado no Conselho de Ética
Um dos nomes mais comentados no Twitter na tarde desta terça-feira (11), o deputado federal Abílio Júnior (PL) negou que tenha sido transfóbico, durante embate com a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), em audiência da CPMI que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro. Além da investigação determinada pelo presidente da comissão, Arthur Maia (União-BA), o mato-grossense deve ser representado pela deputada Duda Salabert (PDT-MG) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.


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"Mais uma vez estão tentando colar narrativas, narrativas, narrativas. Estão compartilhando ‘a doidado’ fakenews com vídeos editados com nenhuma falha minha, mas me acusando de homofobia. Absurdo! Eles estão desesperados que não conseguem colar narrativas na CPMI 8/1 e estão buscando meios para me afastar. Não conseguirão! Não aceito homofobia, não admito”, postou Abílio, em suas redes sociais.

“E não aceito que seja feito fakenews me atacando sem nenhuma prova de qualquer ataque que eu tenha desferido contra a Erika. Parece que por algum motivo, a deputada tem sido recorrente em me atacar. Maldade ou estratégia, não sei”, completou.

Durante a sessão, Erika Hilton foi interrompida por Abílio, conduta que tem acontecido com frequência e tumultuado as sessões, por mais que o deputado não integre a CPMI. "Toda sessão o deputado atrapalha os trabalhos da CPMI e causa tumulto. Aconselharia que o deputado procurasse tratar sua carência em outro espaço", afirmou a deputada. Deputados e senadores próximos a Brunini o ouviram responder da seguinte forma: "Por que, está precisando de serviço?".

Quem afirmou ter escutado a fala foi o senador Rogério Carvalho (PT-SE), que estava sentado em frente ao deputado. O senhor Abílio foi homofóbico, fez uma fala homofóbica. Quando a companheira estava se manifestando ele disse que ela estava ‘oferecendo serviços’. Isso é homofobia, um desrespeito e peço que o presidente retire do plenário”.

Ultrapassou qualquer limite

Em entrevista à Maria Claire, Erika afirmou que o comportamento de Abílio ultrapassou qualquer limite aceitável.

"Os ataques baixos e estigmatizantes feitos pelo deputado bolsonarista são muito graves, e ainda que seja uma conduta reincidente - suas ofensas, interrupções e ataques feitos, em especial durante as falas de deputadas mulheres --, o episódio de hoje ultrapassou qualquer limite. É violência política de gênero dizer que uma deputada eleita estaria 'oferecendo serviços' para que ele controlasse a sua carência", declarou.

"Há diversas testemunhas das palavras dele, entre senadores e deputados. Iremos até o fim para que responda criminalmente e no conselho de ética da Câmara pelos seus atos covardes e criminosos, que utilizou como cortina de fumaça, hoje, para impedir o andamento da oitiva de um dos maiores corresponsáveis pelos inúmeros ataques antidemocrático e pela tentativa de golpe de estado no Brasil", completou.

Na ocasião, a deputada de São Paulo afirmou não ter escutado a fala, mas que a declaração feita por Abílio está associada ao estereótipo de que mulheres trans e travestis tenham como destino apenas o trabalho sexual. No Brasil, 90% da população trans é empurrada à prostituição compulsória por falta de oportunidades no mercado formal de trabalho.

Apoio nas redes

Logo após a polêmica, Erika recebeu uma enxurrada de declarações de apoio de parlamentares da esquerda, como Guilherme Boulos (PSOL-SP) e André Janones (Avante-MG). O nome da deputada ficou entre os seis mais comentados do Twitter. Abílio também foi bastante mencionado, ficando entre os TOP30.

Duda Salabert também se solidarizou e anunciou que irá apresentar uma representação. “O Deputado Abílio, que não faz parte da CPMI, acaba de ofender a deputada @Erikakhilton fora do microfone durante a fala dela. Não podemos naturalizar a transfobia no parlamento. Irei representar no conselho de ética uma denúncia contra esse deputado que insiste em rebaixar o debate político e manchar a imagem do parlamento brasileiro”.
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