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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Do temor ao reconhecimento: Mauro constrói boa relação com Lula em sete meses de governo

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

Do temor ao reconhecimento: Mauro constrói boa relação com Lula em sete meses de governo
Sete meses de mandato foram suficientes para derrubar as previsões pessimistas de como seria a relação entre o governador Mauro Mendes (União) e o presidente Lula (PT). Se no período pré-posse o temor era de ao menos desconforto entre os líderes, os primeiros meses de 2023 foram suficientes para mostrar um bom diálogo e tratamento diferenciado por parte do petista.


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Reeleito ainda no primeiro turno, Mauro foi um dos principais cabos eleitorais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no segundo turno. No período, Mauro demonstrou temor com eventual retorno de Lula, em especial no setor econômico – dizia que o petista teve sorte nos dois mandatos que teve, quando a economia brasileira sobrevoou céu de brigadeiro.

Logo após o resultado das urnas, Mauro baixou o tom das críticas, mas ainda assim mantinha a postura de oposição ao então futuro governo, principalmente na questão ambiental, mote do atual mandato. Em novembro, quando vivia a expectativa do primeiro encontro oficial com o presidente – durante realização da COP 27 -, o governador disse ser um atentado contra a nação não permitir a exploração das riquezas da floresta. “É muito feito um presidente fazer uma proposta que é ilegal. Ele está fazendo uma proposta ilegal”.

Na COP, no entanto, Mauro também propôs endurecimento das leis contra o desmatamento ilegal. Defendeu a perda de propriedades a quem cometa o crime ambiental. Já no encontro com Lula, evitou sorrisos e manteve a postura institucional.

Em janeiro, Mauro enviou o vice Otaviano Pivetta (Republicanos) para uma reunião com Lula, em Brasília, quando o presidente debateu os ataques antidemocráticos em Brasília. O encontro oficial só ocorreu 20 dias depois, quando o governador cobrou a duplicação da BR-163, que meses depois – maio – foi repassada para a responsabilidade do Estado, por meio da MT-PAR, que assumiu o controle acionário da Rota do Oeste.

A assinatura, feita em Brasília, com a presença de Lula e o ministro Renan Filho (Transporte), selou de vez a boa relação entre Estado e governo federal. Na ocasião, Lula enalteceu a coragem e desprendimento de Mauro em iniciar o projeto para que Mato Grosso assumisse a concessão da rodovia.

Durante os sete primeiros meses de 2023, Mauro tem encontrado porta aberta nos principais ministérios, indo mensalmente a Brasília debater projetos para Mato Grosso, além da BR-163 – já resolvida -, Mauro se empenhou em tentar convencer o governo federal a estadualizar o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.

Se reuniu com a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) e chegou a tratar do assunto diretamente com Lula, quando o presidente esteve em Rondonópolis (212 Km de Cuiabá), em março, para entrar de 1,4 mil unidades de apartamentos construídos pelo Minha Casa, Minha Vida.

O empenho, no então, não surtiu efeitos dentro do Alvorada, mas no Tribunal de Contas da União (TCU), o governador conseguiu importante vitória. Os ministros decidiram anular o resultado do edital de concessão do parque, abrindo prazo para que o ICMBio faça correções no processo, permitindo que a MT-PAR concorra a concessão da unidade.

Com a vitória, Mauro insiste em uma alternativa, que seria a União, por iniciativa própria, repassar a administração do parque para o Estado. Para isso, uma nova reunião com Lula é tentada.

Reforma tributária

Tema do momento, Mauro encampou luta por mudanças no texto da reforma tributária, aprovada pela Câmara dos Deputados no início do mês. Entre os diálogos que protagonizou em Brasília, o principal foi com o ministro Fernando Haddad (Fazenda), a quem elogiou pela receptividade em ouvir as reivindicações do Estado.

Visitas

Além de Lula, alguns ministros vieram a Mato Grosso, participar de eventos oficiais do Paiaguás, como Ana Moser (Esportes), Juscelino Filho (Comunicações), Camilo Santana (Educação) e Jarder Barbalho Filho (Cidades).

De Mato Grosso, Carlos Fávaro (PSD) também esteve em atos oficiais, mas, por conta do rompimento nas eleições de 2022, mantém certa distância do governador. O senador licenciado, por exemplo, ainda não fez visitas ao Paiaguás, nem recepcionou Mauro no Mapa, mas garantiu não ter ressalvas a eventual encontro.

Sobre a receptividade do governo, Mauro afirmou que Mato Grosso tem recebido boa atenção. “Fico feliz [com a visita dos ministros]. O Governo Lula tem demonstrado um tratamento diferente com os governadores, a verdade tem que ser dita”.
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