Há um ano, exatamente no dia 4 de agosto de 2022, Deyverson assinou seu contrato com o Cuiabá, chegando em Mato Grosso com a fama de “herói”. Isso porque foi dele o gol que garantiu o troféu da Libertadores para o Palmeiras, contra o Flamengo, em 2021. Personagem irreverente e caricato do futebol, com passagens marcantes dentro e fora de campo, ele chegou para defender o Dourado em um momento delicado no setor ofensivo do time, que tinha o pior ataque do Brasileirão naquela temporada.
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Herói do Palmeiras pela Libertadores, Deyverson chega em Cuiabá para assinar contrato com o Dourado
Em sua primeira coletiva defendendo o manto auriverde, transbordou humildade afirmando apenas que teria de cumprir a mesma missão que efetivara em outros times. Agora, em 365 dias pelo Cuiabá, já se garantiu como maior artilheiro da história do clube na elite do futebol nacional, conquistando o carinho do torcedor pelas vezes que balançou as redes.
Na temporada passada o objetivo auriverde era nítido: permanecer na primeira divisão do Brasileiro. O setor ofensivo, porém, era o principal obstáculo. O time passou várias rodadas sendo o pior ataque do campeonato e precisava de uma peça para virar a chave.
Não que a diretoria acreditasse que ele seria o mesmo herói que foi pelo Palmeiras, mas obviamente investiu-se no atual camisa 16 com a expectativa que ele pudesse dar uma identidade para o setor.
E o esperado aconteceu. Ele de fato cumpriu a missão que executara em outros clubes e, logo na sua chegada, foi crucial para a permanência do Dourado na elite. Foram seis gols na temporada passada, tendo sido o primeiro um mês após sua estreia. Contra o São Paulo, no dia 4 de novembro de 2022, ele marcou a primeira vez pelo time.
Em 2023, uma lesão no começo da temporada lhe tirou do início do campeonato mato-grossense, campeonato em que também teve importância para o título. No final de janeiro, foi multado pelo auriverde por comemorar o título do Palmeiras pela Supercopa, chegando a cogitar rescindir seu contrato.
À época, o caso repercutiu e tanto os torcedores quanto a diretoria ficaram apreensivos com a possibilidade de sua saída. O Coritiba, então treinado pelo atual comandante do Dourado, António Oliveira, o sondou a pedido do próprio português, mas o dourado só liberaria mediante pagamento da multa rescisória de R$ 20 milhões, sem arredar o pé.
No final das contas, ele ficou. Sem ser relacionado no início do Brasileirão, se especulou problemas com a direção do clube e, mais uma vez, a saída entrou no horizonte. Novamente, ele ficou.
As desavenças com a diretoria foram por ele próprio desmentidas, assumindo um desconforto no joelho que lhe tirou dos primeiros desafios do campeonato.
Entre “dancinhas” do TikTok, entrevistas irreverentes e desconexas – ele “metralha” várias informações simultâneas aos repórteres – e muita “catimba” pra cima dos adversários, o atual camisa 16 do Cuiabá inegavelmente trouxe uma identidade pro setor ofensivo do time.
E é dele o topo da artilharia. São sete gols nos últimos dez jogos pelo Brasileiro e, ao todo, 41 desafios com 18 gols marcados. Com isso, tornou-se o maior artilheiro da recente história do Cuiabá na elite do futebol nacional.
.jpg "De herói do Palmeiras a artilheiro do Cuiabá: Deyverson completa um ano com a camisa auriverde")
