Ainda ganhando experiência em Brasília, a senadora Margareth Buzetti (PSD) condenou a comum barganha política entre parlamentares e o Poder Executivo, que em votações importantes acaba liberando emendas parlamentares, em troca de votos favoráveis.

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A prática foi vista mais recentemente, durante aprovação da reforma da previdência na Câmara dos Deputados, após o governo Lula (PT) liberar o pagamento de R$ 5,3 bilhões em emendas Pix.

Na avaliação da senadora, a atuação parlamentar em troca de liberação de emendas para as bases eleitorais é algo questionável e que não se propõe a fazer.

“Acho isso horroroso, ter que negociar para passar um projeto. Hoje tem parlamentares que estão legislando em troca de emendas, isso está errado. Tem que fazer o trabalho sem isso. Enfim, entrei há pouco, mas vou votar pelo projeto e não pela emenda”, afirmou, em conversa com a imprensa, nesta segunda-feira (7).

A liberação das emendas ocorreu em um momento crucial para o Palácio do Planalto, após o retorno do presidente de uma viagem à Argentina e com a presença de uma legião de deputados, senadores, governadores e prefeitos em Brasília para negociar a reforma tributária. O governo é obrigado a pagar as emendas, mas controla o momento da liberação e age para evitar um caos na articulação política.

O mesmo movimento visto na Câmara deve ser visto no Senado, que desde a semana passada passou a analisar o projeto encaminhado pelos deputados. A expectativa é de que a PEC seja aprovada até outubro e retorne para a Câmara, por conta de mudanças no texto.