Em nova agenda com o ministro Camilo Santana (Educação), em Cuiabá, o governador Mauro Mendes (União) elogiou a disposição demonstrada pelo ministério para solucionar problemas históricos no ensino do país. No discurso durante a reunião ordinária do Fórum de Secretários Estaduais de Educação (Consed), o gestor lembrou que nos quatro anos que está no mandato, nunca foi recebido por ministros do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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“O diálogo que o ministério tem demonstrado não só nas palavras, mas nas atitudes. Cochichei no ouvido do ministro agora, que em quatro anos de governador não tive uma única audiência com o ministro anterior da Educação desse país”, declarou, nesta quinta-feira (10).

“Esta é a terceira vez que Camilo vem a Mato Grosso e tive outras oportunidades de estar com ele. Isso mostra a disposição, que é um passo importante, mas, a partir dele, nós temos que concretizar com o que verdadeiramente precisamos, que é fazer alguns ajustes”, completou.

A primeira visita oficial de Camilo ocorreu maio, quando o ministro também participou de agenda em Rondonópolis (212 Km de Cuiabá). Nesta quarta-feira (9), ele esteve ao lado de Mauro na posse da Diretoria Executiva dos Dirigentes Municipais de Educação.

Nos quatro anos de mandato, Bolsonaro nomeou cinco ministros para comandar o MEC: Ricardo Vélez Rodrígues, Abraham Weintraub, Carlos Decotelli – que teve a indicação suspensa após questionamentos a titulações -, Milton Ribeiro e Victor Godoy.

Preocupação

Apesar dos elogios, Mauro demonstrou preocupação com indicadores negativos na educação. Afirmou que é preciso atenção, por exemplo, com o ensino médio, para a formação de cidadãos preparados.

“Temos que ter uma educação que agregue valor ao cidadão, ao jovem e ao país. O que vemos nas universidades são centenas de cursos que agregam diploma, um título, mas não agrega valor ao cidadão e à sociedade”, declarou.

“Me orgulho em dizer que hoje estamos construindo uma estratégia em Mato Grosso inspirada nas boas experiências, nas experiências exitosas de alguns estados brasileiros. Em 2019 tínhamos uma realidade muito ruim”, completou.