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Sexta-feira, 10 de maio de 2024

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PNAD CONTÍNUA

Mulheres gastam 10 horas a mais que homens em afazeres domésticos, aponta IBGE

Foto: Bel Corção/Brasil com S

Mulheres gastam 10 horas a mais que homens em afazeres domésticos, aponta IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD) 2022 na última semana, revelando que as mulheres brasileiras gastam 21,3 horas semanais nos afazeres domésticos, enquanto os homens gastam 11,7 horas. Os dados são do tema Outras Formas de Trabalho, que levantou informações sobre cuidado de pessoas, afazeres domésticos, produção para o próprio consumo e trabalho voluntário.


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Em 2022, a população com 14 anos ou mais de idade dedicava, em média, 17 horas semanais aos afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas, totalizando 148,1 milhões de brasileiros.

Enquanto 91,3% das mulheres realizaram alguma atividade relacionada a afazeres domésticos, essa proporção foi 79,2% entre os homens em 2022.

“A taxa caiu porque embora o contingente dos que realizam afazeres tenha aumentado (2,4%), a população de 14 anos ou mais aumentou ainda mais rápido (2,9%)”, explica Alessandra Brito, analista do IBGE. 

Devido à pandemia da covid-19, o tema Outras Formas de Trabalho não foi investigado em 2020 e 2021, retornando em 2022. Os resultados incorporam a reponderação da PNAD Contínua ocorrida em 2021, que considerou as projeções populacionais por sexo e grupos etários baseadas no Censo Demográfico 2010. 

Entre 2019 e 2022, o que mais contribuiu para a variação negativa da taxa de realização de afazeres domésticos no País foi a diminuição de 1,1 ponto percentual (p.p.) na taxa observada entre as mulheres.

“Mas não dá para afirmar que a divisão de tarefas ficou mais equilibrada porque, entre os homens, a taxa ficou estável, passando de 79,0% para 79,2% no período”, diz a analista da pesquisa. 



Mulheres pretas são as que mais realizam afazeres domésticos 

As taxas de realização de afazeres domésticos pelas mulheres brancas (90,5%), pretas (92,7%) ou pardas (91,9%) são sempre mais altas que a dos homens dos mesmos grupos de cor ou raça (80,0%, 80,6% e 78,0%, respectivamente). 

Jovens de 14 a 24 anos realizam menos afazeres domésticos, com uma taxa de 77,6%; percentual que chega a 89,3%, entre os adultos de 25 a 49 anos. A menor taxa de realização ocorreu entre os homens de 14 a 24 anos (69,3%), e a maior, entre as mulheres de 25 a 49 anos (95,1%). O grupo de mulheres de 50 anos ou mais apresentou a maior redução da taxa de realização entre 2019 e 2022 (-1,7 p.p.). 

“Homens e mulheres dessa faixa tiveram redução importante na taxa, porque o contingente que realiza afazeres (6,7%) cresceu mais lentamente do que a população nessa faixa etária (8,5%)”, completa Alessandra Brito. 

As menores taxas de realização de afazeres domésticos eram do grupo dos filhos(as) ou enteados(as): 74,4%, sendo 67,0% para homens e 83,8% para as mulheres.  

Homens mais instruídos participam mais dos afazeres domésticos  

Em 2022, a taxa de realização de afazeres domésticos foi 81,0% entre as pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto e 90,2% entre aquelas com superior completo, uma diferença de 9,2 p.p. Entre os homens, a diferença é ainda maior: 11,8 p.p., enquanto entre as mulheres essa diferença foi 5,2 p.p. 

A realização de afazeres domésticos é maior entre homens com curso superior completo (86,2%) e menor para os sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto (74,4%). 

Pequenos reparos é a única atividade em que os homens predominam  

Entre 2019 e 2022, as atividades que mais cresceram foram cuidar dos animais domésticos (3,3 p.p.); cuidar da limpeza ou manutenção de roupas e sapatos (2,8 p.p.); e fazer pequenos reparos ou manutenção do domicílio, do automóvel, de eletrodomésticos ou outros equipamentos (2,1 p.p.). Já a atividade de fazer compras ficou estável. “Quase todas as atividades cresceram, possivelmente como reflexo da pandemia”, destaca a analista da pesquisa. 

Em 2022, as atividades ligadas à alimentação, limpeza ou manutenção de roupas e sapatos e limpeza ou arrumação do domicílio ainda estavam concentradas nas mulheres. Já nos pequenos reparos ou na manutenção do domicílio, os homens (60,2%) tinham maior percentual de realização que as mulheres (32,9%). 

Afazeres domésticos e cuidado de moradores demandam 17 horas semanais 

Em 2022, 150,1 milhões de pessoas de 14 anos ou mais de idade realizaram alguma atividade relacionada a afazeres domésticos no domicílio ou em domicílio de parente e/ou cuidado de moradores do domicílio ou de parentes não moradores, o que corresponde a uma taxa de realização de 86,6% para o País. A Região Sul apresentou a maior taxa de realização (88,9%), e o Nordeste, a menor (82,7%) 

Em 2022, a média de horas dedicadas a essas atividades foi estimada em 17,0 horas semanais, ligeiramente acima de 2019 (16,8 horas). A mulher não ocupada dedicou, em média 24,5 horas semanais a afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas, enquanto o homem não ocupado dedicou apenas 13,4 horas em 2022.  

Mulheres ocupadas também concentram afazeres domésticos e cuidados de pessoas 

As mulheres ocupadas dedicaram, em média 6,8 horas a mais que os homens ocupados aos afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas. A realização dessas atividades também afeta a ocupação das mulheres. Em média, os homens tendem a trabalhar mais horas que as mulheres, tanto entre as pessoas que realizaram tais atividades (4,6 horas semanais a mais para eles) como entre aquelas que não as realizaram (2,7 horas semanais a mais para eles).  



(Com informações da assessoria) 
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