O senador Mauro Carvalho (UNIÃO) saiu em defesa da Associação de Produtores de Soja (Aprosoja) depois que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), disse que a entidade foi desvirtuada por conta de questões político-partidárias. A declaração foi dada durante a CPI do MST, nesta quinta-feira (17).
Leia mais
Fávaro 'silencia' críticos à sua aliança com Lula e diz que portas do MAPA seguirão abertas
Fávaro foi um dos fundadores da entidade, chegou a presidir a unidade em Mato Grosso e foi vice-presidente da Aprosoja Brasil. Na CPI, o ministro foi questionado sobre declarações do líder do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), João Pedro Stédile, que no dia anterior havia dito aos parlamentares que considerava a Aprosoja representante de um “agronegócio burro”, que não votou em Lula e que só pensa em ganhar dinheiro.
“O objetivo pelo qual criamos a entidade em 2006, portanto há 16 anos, se desvirtuou. A entidade perdeu legitimidade nos temas e na forma de conduzir. Ela se politizou e eu fico muito triste com os caminhos que a Aprosoja tomou”, respondeu Carlos Fávaro.
Mauro Carvalho se disse surpreso com a fala do ministro e apontou Fávaro como o único presidente da Aprosoja que ganhou espaço político mediante sua atuação à frente da instituição. “De presidente da Aprosoja, ele virou vice-governador, depois virou senador e agora é ministro”, rebateu, em vídeo publicado em suas redes sociais.
Carvalho manifestou total apoio à Aprosoja e outras instituições ligadas ao setor e ressaltou o papel dos produtores rurais como segmento que contribui para o desenvolvimento social e econômico não só de Mato Grosso, mas do Brasil. “Só em Mato Grosso, são 8 mil associados”, lembrou.
Ele também citou o fato de a Aprosoja ser responsável por vários projetos e dois centros de pesquisa que atuam para o desenvolvimento de uma agricultura mais eficiente, com a adoção de novas tecnologias e de gestão da propriedade rural.
