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Domingo, 12 de maio de 2024

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DEPUTADO ESTADUAL

Após polêmicas com mulheres, vereadores de Cuiabá mantêm título de cidadão cuiabano a Cattani

Foto: Rogério Florentino

Após polêmicas com mulheres, vereadores de Cuiabá mantêm título de cidadão cuiabano a Cattani
A Câmara de Vereadores de Cuiabá manteve, na sessão ordinária desta quinta-feira (14), o título de cidadão cuiabano ao deputado estadual Gilberto Cattani (PL). Para que o deputado perdesse a honraria, eram necessários 2/3 dos votos - ou seja, apoio de 17 parlamentares. No entanto, apenas 13 vereadores votaram favoráveis à proposta de autoria do vereador Luis Cláudio (PP). 


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O vereador solicitou a revogação do título de Cattani por meio de um decreto legislativo apresentado em maio deste ano, após o parlamentar comparar a gestão de mulheres à de vacas. Na última semana, o texto foi aprovado com 21 votos favoráveis e 3 contrários. Contudo, a proposta sofreu um revés na sessão desta quarta e foi rejeitada. 

A recusa ao decreto ocorre com uma polêmica envolvendo Cattani em mais um episódio de ataque às mulheres. Dessa vez, com a própria vereadora da Casa, Maysa Leão, que o acusa de ter editado um vídeo propositalmente, a fim de colocá-la como defensora de estupradores.

Em seu manifesto após a votação, Maysa agradeceu aos vereadores que se posicionaram no embate. Segundo a parlamentar, violência moral e psicológica são tão graves quanto o estupro e a violência física.

Segundo a vereadora, todos os seus colegas já tiveram acesso aos documentos  que comprovam a negativa de Cattani em resolver a questão criada por ele. Em sua avaliação, diz, a pauta das mulheres na Câmara de Cuiabá torna-se um assunto secundário, a partir do momento que os vereadores homens se negam a reconhecer uma “gravíssima violência” sofrida por uma vereadora por parte de um deputado.

“Nossas mulheres sem microfone, sem voz, sem vez, estão sendo ignoradas, sim, dentro dos parlamentos e dentro dos cargos de poder”. Na sequência, a vereadora enfatizou que está tranquila na luta judicial e preocupada na luta parlamentar. 

“É o reflexo de 25 casos de feminicídio no Estado de Mato Grosso. Violência não tem sutileza. Violência é violência. Hoje, esse deputado sai daqui se sentindo vencedor, impune e acima da lei. E há colaboração daqueles que não quiseram que ele aprendesse que, de alguma forma, ele não está acima da lei”, finalizou. 
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