O deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que participou em Brasília das discussões em torno do futuro do Parque de Chapada dos Guimarães, afirmou que em sua opinião o governador Mauro Mendes (UNIÃO) foi convencido de que a estadualização não é o melhor caminho.
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“Em minha opinião o governador saiu de lá convencido de que não cabe essa proposta de estadualização, essa é a leitura que eu faço. O que foi encaminhado na agenda com o Ministério do Meio Ambiente é a constituição de um grupo de trabalho envolvendo o Ministério, o Governo do Estado, o município de Chapada dos Guimarães e todas as unidades de conservação que estão no entorno, para a constituição de um programa que eles chamaram de ‘Mosaico de Unidades de Conservação’, com a participação de todos esses entes”, disse o parlamentar.
Lúdio reforçou ainda, conforme já havia sido debatido na audiência pública realizada pelo Senado Federal, que o governo estadual já pode iniciar os investimentos que pretende realizar no Parque, uma vez que já detém a gestão das chamadas Área de Proteção Ambiental (APA).
“É uma zona de amortecimento e já é de gestão do Estado. Na APA já há algumas coisas que podem ser colocadas em prática, por exemplo os investimentos no Mirante”, pontuou.
A "APA", citada por Lúdio, é uma Área de Proteção Ambiental que foi criada em 1995, por Decreto Estadual, posteriormente transformado em lei (Lei Estadual no 7.804/02). O Parque Nacional de Chapada dos Guimarães possui 32.630 hectares, ou 326,30 km², e está inserido nessa APA, uma vez que a área se localiza ao redor do Parque. A gestão da APA, especificamente, é feita pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso.
Em que pese, apesar do diálogo, o Parque de Chapada dos Guimarães segue com um processo de concessão em curso. Em julho, por determinação do Tribunal de Contas da União e após forte articulação do governo estadual, a empresa Parques Fundos de Investimento de Participação e Infraestrutura (Parquetur) perdeu o processo que havia vencido e um novo edital foi publicado. A licitação havia sido realizada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
