Troca de mensagens entre professor denunciado por assédio sexual no Colégio Salesiano São Gonçalo (CSSG) e suposta vítima mostra o teor das conversas, onde o docente "barganha" a nota baixa do aluno por favores sexuais, ou imagens íntimas.
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O fato veio à tona na última quarta-feira (30), quando um áudio de uma das mães circulou nos grupos de Whatsapp. Ela alerta outras mães sobre o caso e relata sobre como o docente teria se aproveitado da proximidade e comunicação aberta com os meninos para assediá-los.
“Os meninos achavam que ele era amigo, mas quando ele veio com essa conotação sexual, viram que era algo grave, e meu filho veio falar comigo. Eu acionei as outras mães e registramos o boletim de ocorrência”, disse.
“Ele estava barganhando a nota das crianças nesse fim de ano, para se favorecer, usando a instituição como bengala, usando as crianças como refém”, complementa.
Os menores estariam com o psicológico abalado, e com medo do professor, depois das denúncias. A mãe relata que um deles foi xingado por outros alunos, afirmando que o grupo estaria armando contra o professor, para tentar passar de ano na escola.
Na troca de mensagens entre a vítima e o professor, o homem cobra atenção do aluno, dizendo: “ai moço, cadê a moral?”, enquanto o menino responde que a mãe tomou seu celular.
O suspeito questiona se o adolescente teria “aprontado”, mas ele responde que isso ocorreu por conta das notas baixas que ele tirou. Eles continuam conversando, e o homem afirma que estava cansado após passar o final de semana corrigindo provas.
Em seguida, o aluno pergunta de sua nota, e o professor responde: “foi malzão moço, 3,5 de 8”.
O menino não acredita, mas o homem afirma que não mentiria para ele. Em seguida, o adolescente envia áudios, e o professor sugere “barganhar” as notas.
Inicialmente, o menor pensou que a proposta se trataria de dinheiro, mas o docente escreve: “não é bem quanto... é o que”.
O menino fica surpreso, e o professor parece ter se arrependido. No entanto, depois cobra resposta do aluno.
O adolescente afirma: “gosto de mulher, nem vira, e namoro também, po. Eu pagaria um dinheiro se você quisesse”.
Em seguida, o professor insiste e pergunta se não poderiam ser nudes então. Mas o menor se recusa e oferece dinheiro.
Confira abaixo partes da conversa:
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Áudio
No final do áudio enviado pela mãe de uma das vítimas para grupos de Whatsapp, a mulher pede para que os responsáveis conversem com seus filhos, a fim de descobrir novos casos de assédio, para que não "haja impunidade".
“Eu peço como mãe, que isso sirva de exemplo, que vocês conversem com os filhos de vocês, que se houver um caso semelhante, que vá à Delegacia, não tenha vergonha, não tenha medo, vá e denuncie, porque a gente não pode deixar a impunidade tomar conta. Ainda mais num grau tão maléfico, que é a questão do abuso infantil”, disse.
“Nós temos que identificar as vítimas e colocar ele no devido lugar dele, que é preso. Por favor, podem repassar o áudio, vocês têm minha autorização. Eu conversei com a escola hoje, eles não tinham noção do que estava acontecendo, mas agora já tem. Nem por isso muda o fato de que as vítimas continuam aí. Nós temos que ir em busca dessas vítimas para que seja feita a Justiça”, complementa.
A mulher ainda afirma que o assédio vinha ocorrendo há um tempo, pois o aluno tinha aulas com o docente desde o 7º ano.
“Desde o sétimo ano, ele estava com meu filho, e estava se aproximando e aproveitando da ingenuidade do meu filho”.
Ouça abaixo trecho do áudio
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