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Quinta-feira, 09 de maio de 2024

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DISCURSO NA TRIBUNA

Edna volta à Câmara após 57 dias e diz: "São eles que me devem, ao menos respeito"

Foto: Assessoria

Edna volta à Câmara após 57 dias e diz:
Cinquenta e sete dias. Esse foi o tempo que a vereadora de Cuiabá, Edna Sampaio (PT), permaneceu afastada do cargo após os parlamentares da Casa decretarem pela sua cassação em meio a um processo de suposta apropriação indébita da verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete. A decisão do parlamento, porém, foi anulada pela Justiça e, em uma vitória da vereadora, ela foi reempossada no cargo. 


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Nesta quinta-feira (7), Edna esteve frente a frente com os vereadores que decidiram pela sua cassação. Foram 21 votos a favor e apenas um contrário. Do alto da tribuna, ela fez um contundente discurso com críticas aos seus colegas, disse que merecia desculpas e afirmou que o consenso que a cassou foi o consenso da covardia e daqueles que não toleram a diversidade e a vontade popular que a elegeu. 

“Um consenso que demonstra muito bem quem somos: eu e os vinte e um vereadores e vereadoras. Somos diferentes, somos como água e óleo. Um consenso da  grande covardia de quem não tolera a diversidade, o diferente, às normas legais, às regras democráticas e à vontade popular que me elegeu com maior número de votos entre as mulheres. A justiça foi feita e estamos gratos”, iniciou. 

“Estou bem  e vou seguir minha jornada ao lado dos meus. Aquilombada, construindo política com um bem coletivo e não privado. Construindo esperança de um dia ver nossa cidade respeitada por governos justos, honestos e realmente comprometidos com o bem viver na cidade”, continuou. 

Segundo Edna, criminalizar alguém por sua força política e por sua representatividade é a covardia mais antiga quando se trata de política. A vereadora se referiu à sua cassação pelo que chamou de um movimento para tentar eliminar a primeira mulher negra da política.

“Queriam atingir o que há de mais profundo e sincero no coração das pessoas: a crença dessas pessoas em uma figura política, a figura de uma professora, de uma mulher  negra. Destruir a representação de um segmento social é destruir qualquer possibilidade das meninas e meninos negros olharem para o poder e se reconhecerem ali”, pontuou. 

Em sua fala, Edna destaca também que sua presença na política nunca foi para enfrentar vereadores e vereadoras. ´”Não lhes devo nada e, agora, são eles que me devem, ao menos respeito”. 

“Sigo na luta, de cabeça erguida, seguindo a inspiração de tantos homens e mulheres grandiosos, à frente de seu tempo, acima de todas as mesquinharias de pequenos e ordinários poderes, cotidianos e mornos privilégios a serem mantidos a qualquer custo porque desconhecem a grandeza de seu povo”. 
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