Luiz Antônio Pagot, ex-secretário de Estado e ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), afirmou nesta segunda-feira (18) que a concessionária Via Brasil tem sinalizado interesse na duplicação da BR-163, no trecho entre Sinop e o Porto de Miritituba, localizado no município de Itaituba, no Pará. O trecho entre as duas cidades compreende um total de 1.009 km, segundo a própria Via Brasil.
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Em maio deste ano, o governo de Mato Grosso assumiu a concessão do trecho estadual da BR-163 até Sinop e prometeu investimentos na ordem de R$ 1,6 bilhão nos próximos dois anos na rodovia. Os recursos serão destinados por meio da MT PAR, sociedade de economia mista mato-grossense que assumiu o controle acionário da antiga Rota do Oeste (CRO), agora Nova Rota do Oeste.
A iniciativa foi uma solução inédita encontrada em conjunto entre Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Ministério dos Transportes, Governo do Mato Grosso e Tribunal de Contas da União (TCU), com o objetivo de resolver os entraves relacionados à concessão da BR-163, provocados, sobretudo, pelo não cumprimento dos termos do contrato entre a CRO e a ANTT e das dificuldades enfrentadas no processo de relicitação.
Em entrevista nesta segunda, Pagot foi questionado se há possibilidade da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) replicar o mesmo entendimento para a concessão do trecho entre Sinop até a divisa com o Pará. Ele disse que não sabe que o assunto tem que ser analisado. Porém, afirmou que a Via Brasil tem demonstrado interesse na duplicação entre os dois estados.
“A própria Via Brasil pode ter interesse de tocar ou não [a obra]. Eu notei uma movimentação da Via Brasil, inclusive, para a duplicação de Sinop a Miritituba. Então, vamos aguardar. Tem muito estudo para ser feito ainda”, disse.
Segundo ele, o compromisso do governo de Mato Grosso para chegar com a duplicação da rodovia até Sinop é muito grande. Ele acrescentou que de Sinop em diante é necessário fazer um estudo aprofundado a fim de garantir a viabilidade de recursos orçamentários.
“Estamos falando aí de pelo menos mais 5 bilhões de investimento nos próximos anos, imagino até 2026, 2027”.
“Mas para investimentos pesados desse jeito, investimentos de grande monta, precisa muito mais do que a arrecadação da praça de pedágio. Então isso são assuntos futuros, acredito que no próximo ano, em 2025, isso vai ser estudado com zelo para ver se há essa possibilidade. Mas obviamente, para o consórcio que foi montado, eu acredito que esse consórcio tem todas as condições de tocar até a divisa do Mato Grosso [com o Pará]”.
