Com uma crise hídrica em regiões produdoras e em meio à possibilidade de quebra da safra 2023/2024, o governador Mauro Mendes (UNIÃO) disse nesta segunda-feira (18) que, em 2024, o estado deverá enfrentar alto nível de dificuldade e ter a receita impactada com perdas na agricultura. Segundo Mauro, ele reuniu seu secretariado nesta segunda no Palácio Paiaguás e comunicou a situação.  

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“E vamos entrar em 2024. Não tem como deixar de falar isso, falei hoje para os nossos secretários, numa reunião de manhã, em que mostrei claramente aquilo que muitos de vocês que aqui estão sabem que é verdade. A perda que nós teremos será muito grande na agricultura no ano que vem, na safra de 2023 e 2024”, disse. 

De acordo com o governador, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), estima, por exemplo, que a soja já tem piso mínimo de perda de 20%. O milho, por sua vez, deve ter perda ainda maior, na casa de 30%. 

“Pode piorar. Melhor que isso não será. Pode até piorar, dependendo do ritmo e do momento que as chuvas acontecerem nos próximos meses”. “Não será um ano como foi em 2023, como foi em 2022, como foi em 2021”. 

“Isso é um sinal de alerta, luz amarela, momento de cautela, momento de cuidar bem do dinheiro. Quando o senador Jayme traz essa ajuda para o custeio, é extremamente importante, mas apertem os cintos em 2024. Existem sinais muito concretos que nós teremos um ano com algum nível de dificuldade. Quando vai ser? Não tem bola de cristal, vamos rezar todos para que ela seja o menor possível”, disse. 

Maior produtor de soja, milho e algodão, Mato Grosso foi a unidade da federação com maior valor de produção agrícola, segundo dados do IBGE. Em 2022, a produção do estado gerou R$ 174,8 bilhões, um acréscimo de 15,2%.

No entanto, para o ano de 2023, ao que tudo indica, a previsão é pessimista ante 2022. “Será um ano com algum nível de dificuldade. A nossa receita vai ser impactada, o Fethab será impactado e diretamente, indiretamente, todas as nossas relações dependem da nossa atividade econômica. O ICMS também vai sofrer impacto, então isso vai trazer alguma consequência no dia a dia de todos nós”.