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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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"Gangue do Chicote" viralizou em 2023 após gravação de devedores sendo açoitados

Foto: Reprodução

Um dos casos que mais repercutiram em 2023 foi o inquérito da Operação Piraim, deflagrada pela Polícia Civil. A investigação apurava a conduta de integrantes da 'gangue do chicote' por extorquirem e agredirem um empresário em Cuiabá. A ação repercutiu após um vídeo circular nas redes sociais onde a vítima aparece sendo açoitada.


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Sete suspeitos que faziam parte da “gangue do chicote” foram indiciados pelo crime de extorsão qualificada. São eles: José Augusto de Figueiredo Ferreira, Benedito Luiz Figueiredo de Campos, Guilherme Augusto Ribeiro, Bruno Rossi, Rafael Geon, Sérgio da Silva Cordeiro e o sétimo de identidade não revelada.

O grupo foi investigado por açoitar Leandro Justino Espírito Santo, em maio deste ano. Imagens das chicotadas se propagaram pelo país e as agressões foram gravadas em vídeo pelos próprios criminosos e expostas na internet, no mês de agosto. 

A investigação da Derf Cuiabá apurou que Leandro foi abordado pelo grupo criminoso na Avenida República do Líbano, no estacionamento de um posto de combustíveis, na Capital.

Restrição de liberdade

De acordo com a Polícia Civil, o pai da vítima procurou a delegacia especializada no dia 4 de maio e declarou que o filho estava em poder do grupo criminoso, que exigia dinheiro para liberá-lo. Na ocasião, uma equipe da Derf foi até o local onde estava a vítima que, temendo por sua vida, declarou que os suspeitos não tinham lhe açoitado. O homem apresentava diversos hematomas. 

A investigação apurou que a vítima foi abordada pelo grupo criminoso na Avenida República do Líbano, no estacionamento de um posto de combustíveis, em Cuiabá. Na sequência, o pai da vítima recebeu uma ligação telefônica, feita do aparelho celular do filho, onde o interlocutor dizia que credores queriam receber dívidas contraídas pelo rapaz.

O pai chegou a oferecer um veículo avaliado em R$ 80 mil, contudo, os criminosos disseram que a camionete não quitaria a dívida.

Cinco suspeitos do crime foram detidos e encaminhados à Derf Cuiabá. Interrogados, um deles alegou que a vítima lhe devia R$ 40 mil e em relação às agressões, negou que seria o mandante da extorsão. 

A vítima disse que a ação criminosa começou após receber um pedido para se encontrar com um credor. Ao chegar no local combinado, foi ameaçada, caso não quitasse as dívidas. No local estavam o credor e outras quatro pessoas. Os suspeitos exigiram uma caminhonete como pagamento parcial da dívida e se apossaram da chave do veículo, impedindo que o rapaz saísse do local. 

“Justiceiros” 

Indícios coletados pela equipe de investigação derrubaram as versões apresentadas pelos cinco investigados, que foram interrogados na Derf Cuiabá. 

A vítima, receosa pela sua integridade física e de seus familiares, isentou os criminosos no dia em que foram conduzidos à delegacia.

A investigação apurou que um dos criminosos foi o responsável por armar o encontro com a vítima e, no local combinado, restringiram a liberdade e iniciaram as extorsões e agressões. A vítima permaneceu por horas em poder dos criminosos sendo agredida. “As ações foram registradas com a finalidade de humilhar e difundir o modo de execução do crime com o anseio de assumirem um papel de justiceiros”, explicou o delegado Guilherme de Carvalho Bertoli. 

Os quatro "cobradores" foram os executores das agressões contra a vítima e agiram a mando dos investigados e teriam comissões caso conseguissem receber as dívidas.
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