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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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PRESIDENTE DO TCE

Sérgio Ricardo critica 'oba oba' em torno do VLT em Cuiabá e diz que fala de ministro foi um 'faz de contas'

Foto: Divulgação

Sérgio Ricardo critica 'oba oba' em torno do VLT em Cuiabá e diz que fala de ministro foi um 'faz de contas'
O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Sérgio Ricardo, em entrevista à Rádio CBN, nesta quinta-feira (11), criticou promessas de investimentos no Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá. A fala dele foi em referência a um vídeo do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que, na última semana, ao lado do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), disse que vai “investir forte na mobilidade urbana com o projeto do VLT”.


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O presidente da Corte de Contas, contudo, afirmou que a declaração de Padilha não foi um acordo formal entre o Executivo municipal e o governo federal. Para ele, foi mais um “oba oba” de momento em meio a “promessas e promessas”. 

“Eu vi a fala do ministro. Não foi uma fala de compromisso, foi uma fala de oba-oba numa reunião. ‘vamos fazer de conta que vamos ajudar’. Eu não vi nada de contrato e nenhuma assinatura do tipo: ‘vamos liberar tal dia’. Então cadê o dinheiro pra fazer o VLT? Quem fez compromisso?".

“Eles querem fazer prefeito em Cuiabá”, disse, em referência à investida do Partido dos Trabalhadores (PT) na capital na tentativa de fazer o próximo chefe do Executivo. “Então são promessas e promessas. Houve assinatura de contrato? Liberou dinheiro? Vai liberar quando? Vamos respeitar a população, o povo, as pessoas. Estamos há 10 anos esperando o VLT e BRT e o povo continua sem um sistema de transporte decente. Chega de conversa fiada”, disparou. 

De acordo com o conselheiro, ele foi um dos primeiros (ainda como deputado estadual) a dar início às discussões sobre VLT em Cuiabá e Várzea Grande, inclusive tendo realizado viagens a Portugal para acompanhar o funcionamento do modal no país europeu.  

“No entanto, aconteceu tudo o que aconteceu: corrupção dentro do processo em um governo, desvio de finalidade. Acabou que, hoje, o cidadão de Cuiabá e Várzea Grande não tem o VLT  nem  o BRT”, pontuou. 

Ricardo ainda saiu em defesa do VLT. Afirmou que o modal é o meio de transporte ideal tanto para Cuiabá quanto Várzea Grande. Entretanto, ressaltou que a administração municipal não dispõe de valores para a finalização das obras. 

“Eu sempre vou defender o VLT, mas agora não acredito nessa possibilidade. Por que? Porque a prefeitura não tem dinheiro em caixa e depende de políticas do governo federal. Não adianta falar que tem R$ 5 bilhões, de onde vem esse dinheiro? Quem vai liberar e quando vai liberar? Continua o sonho”, questionou. 

“Eu entendo como uma briga infrutífera essa discussão sobre VLT em Cuiabá. Vai chegar um momento que vamos ter o VLT em Cuiabá e Várzea Grande, mas não com o atual traçado. Dez anos depois, as cidades são outras, a população é outra. Nós vamos ter o Rodoanel, o Contorno Leste, ou seja, não é mais o traçado que havia sido proposto à época”. 
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