O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), comentou que a decisão de anular a licença concedida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), para mudança no traçado da ferrovia que está sendo construída em Rondonópolis, não tem como objetivo atrapalhar o andamento do trabalho da Rumo (empresa responsável), mas sim impedir qualquer alteração do projeto sem amplo debate, principalmente com os deputados estaduais.
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Nessa semana, Botelho promulgou um decreto que susta os efeitos do documento emitido pelo Estado que autorizava a empresa a realizar obra mais próxima do centro urbano, diferente do que constava na proposta inicial.
Segundo o presidente, um dos diretores da empresa ligou para ele pedindo que a medida não fosse adotada porque atrapalha o cronograma, no entanto, Botelho disse que o assunto só será resolvido se os representantes da Rumo procurarem os deputados.
“Eu espero que a Rumo venha até aqui, venha conversar conosco, se proponha vir na Assembleia, se proponha mostrar o que eles estão pensando e discutam essa questão de Rondonópolis, que precisa ser resolvida. É isso que nós queremos, nós não queremos atrapalhar em nada”, ressaltou.
“Nós sabemos que eles já têm um financiamento praticamente acertado pra tudo isso. O diretor da Rumo me ligou dizendo que isso vai atrapalhar muito todo o caminhamento, pode atrapalhar inclusive o financiamento deles e atrasar todo o cronograma de obra, mas nós não queremos isso, nós queremos que realmente resolva isso. E nós estamos prontos pro diálogo, que ele venha aqui para a Assembleia conversar, vamos dialogar, e se possível a gente suspender isso”, complementou.
Além de discutir sobre a mudança de traçado em Rondonópolis, Botelho espera que eles respondam a boatos que estão circulando no Estado de que os trilhos da ferrovia não passariam na capital, informação que influenciou na aprovação do projeto de decreto para anular a licença de instalação da Sema.
“Depois que nós aprovamos tudo, fizemos a PEC [Projeto de Emenda Constitucional], eles ficaram aqui o tempo inteiro, criamos todas as condições pra eles, eles ignoraram o parlamento. Nunca mais vieram conversar, não tinha mais diretor para atender a gente, ele ligava, eu liguei várias vezes, não conseguia mais contato com eles. Quero a garantia de que a ferrovia vai chegar até aqui”, frisou.