Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller afirmou que a tendência é que fique no PP, apesar de não descartar sua desfiliação, após perder espaço dentro do partido.

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O ex-deputado federal deixou a presidência do diretório estadual da sigla no ano passado, após ser cassado e sofrer dura derrota na disputa pelo Senado, nas eleições de 2022. Neri rompeu com o grupo político do governador Mauro Mendes (União Brasil), que o descartou ao se aliar com o senador Wellington Fagundes (PL).

Após ficar recluso, Neri foi substituído pelo deputado estadual Paulo Araújo, que tratou logo de reconduzir a legenda para a base de Mauro e afastar qualquer ligação com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que apoiou Neri ao Senado, no palanque que contou ainda com a federação PT, PV e PCdoB.

No fim do ano, Neri conseguiu reverter sua cassação e, finalmente, ser nomeado por Lula como secretário de Política Agrícola. Com isso, a intenção do ex-deputado é retomar aos poucos os debates partidários.

"Uma coisa de cada vez, vamos esperar. Fiquei recolhido quase um ano, sofri muito, cassado de forma injusta e não pude disputar a eleição. Ajudei o governo na transição e não pude assumir. Fiquei quieto, sem confusão. Agora, vou esperar voltar o recesso. Todos sabem da minha relação com o Arthur Lira (presidente da Câmara Federal) e Ciro Nogueira (presidente nacional do PP) e, com muita calma, buscar pacificar".

"A questão partidária, vou esperar mais uns 30 a 60 dias. A tendência é ficar no PP, mas também não descarto sair", acrescentou.

Sobre as eleições municipais de outubro, Neri afirmou que independentemente de continuar ou não no PP, a tendência é que repita a composição de 2022 e apoie o projeto do grupo liderado pela federação.

Os partidos de esquerda ainda irão discutir qual será o nome a ser lançado. O diretório municipal do PT lançou a pré-candidatura do deputado estadual Lúdio Cabral, no entanto, a decisão pode ficar para a Executiva nacional, mantendo as chances da vice-presidente da Conab, Rosa Neide, que nutre boa relação com a direção petista.

O PV mantém o nome do vice-prefeito José Roberto Stopa, que conta com ponto negativo o fato de ter o apoio do prefeito Emanuel.

Além disso, na semana passada o PSD aceitou a convocação de Lula para caminhar com a federação. O presidente regional da agremiação, ministro Carlos Fávaro (Agricultura), afirmou que o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União), pode se filiar e disputar o Palácio Alencastro pela sigla, desde que consiga convencer a federação e demais aliados.