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SEM QUESTÃO IDEOLÓGICA

Neri afirma que não há motivos para reclamações contra ministério e prevê fortalecimento no diálogo com o agro

15 Jan 2024 - 16:37

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Foto: Reprodução

Neri afirma que não há motivos para reclamações contra ministério e prevê fortalecimento no diálogo com o agro
Nomeado como secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura em dezembro, o ex-deputado federal Neri Geller (PP) afirmou que não há motivos para reclamações de produtores rurais contra o titular da Pasta, Carlos Fávaro (PSD), assim como contra o presidente Lula (PT). Na avaliação do gestor, o governo tem se mantido aberto ao diálogo e, com sua entrada no Mapa, tal relação irá ser fortalecida.


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"Vamos deixar completamente fora da pauta a questão ideológica e de política partidária. Vamos focar, como sempre fizemos, na solução dos problemas da agricultura de Mato Grosso", afirmou, em conversa com a imprensa nesta segunda-feira (15), no Palácio Paiaguás, quando fez visita ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos).

"Tem espaço do governo Lula para o diálogo e a minha presença na secretaria de política agrícola vai fortalecer isso. Vai ajudar o ministro Fávaro, pois as demandas são muito grande. O ministro está focado na política internacional, política mais macro. E a secretaria é que cuida do crédito, seguro agrícola e comercialização. Já atuamos no ano passado, mesmo nos bastidores", acrescentou, ressaltando que já ajudou o trabalho do ministério, mesmo antes de ser formalizado no cargo. 

A demora na formalização se deu ao fato de Neri ter, em 2022, sido cassado por abuso do poder econômico durante a campanha de 2018, quando foi eleito deputado. Tal decisão, que atrapalhou sua vida na disputa pelo Senado, só foi revertida no mês passado, resultando em sua nomeação sem qualquer entrave jurídico.

Na campanha de 2022, após romper com o grupo político do governador Mauro Mendes (União), Neri se aliou aos partidos de esquerda e atuou como ponte entre Lula e o agronegócio. A atuação de interlocução também foi vista durante o período de transição e deve ser retomada agora.

Riscos com a produção

Nesta segunda, Neri se reuniu com representantes do Sistema Famato, que representa os produtores de Mato Grosso, para tratar sobre a estiagem e queda na produção agrícola.

Na semana passada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o 4º levantamento para a safra 2023/2024. Os dados trazem uma nova redução na colheita do atual ciclo, de 13,5 milhões de toneladas, obtidos em 2022/23. Nesta nova estimativa, a produção brasileira de grãos deve chegar a 306,4 milhões de toneladas. Em outubro, o potencial total de produção era de 317,5 milhões de toneladas.
 
No geral, as condições climáticas instáveis, com chuvas escassas e mal distribuídas aliadas a altas temperaturas na região central do país, além de precipitações volumosas na região Sul, provocaram e ainda persistem no atraso do plantio da safra, além de influenciarem de maneira negativa no potencial produtivo das lavouras.

De acordo com Neri, a preocupação é de que a situação seja ainda pior no campo. "É bastante grave essa questão de estiagem em Mato Grosso. Um problema talvez maior do que aparenta".

"A seca atingiu e tem gente colhendo de 10 a 15 sacas por hectare, tomara que fique nessa queda de só 10 mil toneladas, mas corremos risco iminente de ser acima disso", pontuou.
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