A delegada Ana Terra, de Lucas do Rio Verde (335 km de Cuiabá), indiciou o empresário Jorlan Cristiano Ferreira, 44 anos, pelo crime de feminicídio contra Mayla Rafaela Martins, 22 anos. O homem está preso preventivamente pelo crime contra a vítima, que era uma mulher trans.
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Além da qualificadora de feminicídio, a delegada indiciou o suspeito pelo crime de ocultação de cadáver. O próprio investigado relatou à Polícia Civil que, após matar a vítima a facadas, enrolou o cadáver em uma piscina feita de lona, que era de sua filha.
Depois, o empresário colocou o corpo da vítima no porta-malas de um carro, e levou até a estrada Morocó, onde foi desovada. O cadáver foi encontrado por funcionários de uma empresa que trabalhavam no local.
A autoridade policial concluiu que o homem possuía relação afetiva com a vítima. A versão contrasta com a relatada pelo empresário, que afirmou ter matado a vítima durante uma discussão. O investigado apontou que Mayla havia furtado a sua empresa em uma ocasião passada.
Entretanto, a delegada disse que ainda não foi possível identificar a motivação do crime. “Alguns pontos, pela complexidade e pouco tempo que possuíamos para concluir e remeter ao judiciário, acaba que não foi possível esclarecer de pronto”, explicou a delegada.
O inquérito policial (IP) agora será remetido ao Tribunal de Justiça (TJMT), que redistribuirá ao Ministério Público (MPE), que vai decidir por quais crimes irá denunciar Jorlan.
O crime
Mayla foi morta com duas facadas no rosto e tórax. O suspeito, que é do ramo alimentício, foi detido no bairro Bandeirantes. Os policiais chegaram ao suspeito depois de descobrirem que o homem utilizou o carro da sua esposa.
