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Quinta-feira, 09 de maio de 2024

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Max Russi diz que CRM tenta impedir realização de cirurgias em Rondonópolis; conselho rebate

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Max Russi diz que CRM tenta impedir realização de cirurgias em Rondonópolis; conselho rebate
O deputado estadual Max Russi (PSB) afirmou que o Conselho Regional de Medicina (CRM) tem atuado para impedir cirurgias que são realizadas através do programa “MT Mais Cirurgias” em Rondonópolis.  A declaração dele foi feita na tribuna da Assembleia Legislativa, na sessão ordinária desta quinta-feira (7). 


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O parlamentar afirmou que recebeu um ofício do conselho em seu gabinete determinando a paralisação imediata dos procedimentos na Santa Casa de Misericórdia. Além disso, diz, o documento  também pedia que a empresa que presta o serviço fosse desabilitada.

"Queria pedir atenção dos deputados de Rondonópolis, deputado Cláudio, deputado Nininho, Sebastião, Thiago. Nós estivemos esses dias na Santa Casa no lançamento de um grande programa, o Mais Cirurgias, mas, pasmem, recebi nesta semana no meu gabinete um ofício do Conselho Regional de Medicina (CRM) mandando a Santa Casa desabilitar a empresa e não realizar mais cirurgias", iniciou o deputado na tribuna.

Russi explicou que o governo lançou uma tabela de preço e tentou contratar profissionais para realizar as cirurgias, no entanto “ninguém quis”. Com isso, uma empresa de Cuiabá aceitou executar o contrato diante do proposto pelo consórcio e pela Santa Casa e realizou dezenas de cirurgias, diz o deputado.  

Após o início da realização dos procedimentos pela empresa de Cuiabá, Russi contou que  o conselho “chamou” a direção da Santa Casa, mais o Consórcio e disse que teria que paralisar as cirurgias “porque não havia contratado os profissionais que não quiseram fazer as cirurgias e porque havia uma dívida com os esses mesmos profissionais”. 

“Esse é um convênio específico do governo específico com o consórcio e com a Santa Casa para fazer aqueles procedimentos. Não pode desvirtuar o dinheiro do convênio para pagar outras despesas ou outras contas que, porventura, tenha lá. Felizmente, o Ministério Público disse para continuar as cirurgias. É um absurdo: eu não acredito que o conselho esteja defendendo a categoria. Pelo contrário, acredito que existe algo muito maior por trás disso. Invés do conselho fortalecer e ajudar, não. Fala que tem que parar as cirurgias”, continuou. 

“Espero que o consórcio, a Santa Casa e a empresa não aceitem essa intimidação e espero, sinceramente, que o CRM reveja sua posição e, ao invés de intimidar e ameaçar quem quer fazer os serviços, fortaleça e ajude”, finalizou. 

Por último, o deputado afirmou que existe uma “máfia” que não quer a realização de cirurgias pelo Sistema  Único de Saúde (SUS). “Por que eles fazem sabe como? Particular, ganhando dinheiro e cobrando R$ 500 mil, R$ 600 mil, R$ 700 mil, R$ 800 mil numa liminar para fazer cirurgias”.

Outro lado

Em nota, o CRM lamentou as falas do deputado e disse que ele  preferiu advogar para uma empresa que atua de forma antiética. Disse ainda que o parlamentar decidiu atacar o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) e os médicos que atuam há meses sem receber seus salários. 

Lamentavelmente, o deputado Max Russi optou por advogar para uma empresa que atua de forma antiética e decidiu atacar o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) e os médicos que atuam em Rondonópolis, que trabalham há meses sem receber seus salários. Por atuar defendendo os interesses da empresa, o parlamentar ignora por completo o atendimento à população.

O Conselho lamenta que o mesmo deputado que, durante a pandemia da Covid, foi à tribuna chamar os profissionais de Saúde de heróis, hoje ignora por completo o fato de que estes mesmos heróis estão há cinco meses sem receber seus salários. O Conselho age dentro da sua atribuição legal que inclui a defesa da população e entende que as soluções para a Saúde devem ser tratadas de forma estruturada e não com politicagem.

Não permitiremos que o deputado, de forma leviana, chame os médicos de mercenários. Ao usar estes termos, o deputado se mostra completamente enganado sobre a índole e o caráter dos médicos. Estes profissionais estão há cinco meses sem salários e durante todo o tempo não se recusaram a cumprir sua missão de atender a população. Não vamos permitir que os médicos sejam tratados de forma desrespeitosa, como tem ocorrido, ainda que os ataques partam de alguém que defende a manutenção de um contrato irregular.

Por fim, o CRM-MT informa que está à disposição para esclarecer todos os deputados do que realmente acontece em Rondonópolis e que o caso em questão será tratado no âmbito do Poder Judiciário.
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