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REGULAÇÃO

Após morte de nove pacientes no São Benedito em uma semana, conselheiro defende mudanças em TAC

08 Fev 2024 - 14:15

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Foto: Tony Ribeiro/TCE-MT

Após morte de nove pacientes no São Benedito em uma semana, conselheiro defende mudanças em TAC
O presidente do Tribunal de Contas (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, defendeu mudança em parte do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pela Prefeitura de Cuiabá ao retomar a administração da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), após intervenção estadual. A mudança seria no sentido de retornar ao município a autorização para realizar a regulação de pacientes; atualmente, a medida é exclusiva do estado.


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Sérgio Ricardo pontuou que na última semana o hospital São Benedito registrou nove óbitos, que poderiam ter sido evitados caso os pacientes tivessem sido transferidos para unidades especializadas com maior rapidez.

“Temos um histórico dos problemas na Saúde de Cuiabá. Não dá para dizer que piorou ou melhorou. Nós tivemos nove óbitos nessa semana no São Benedito, e entendo que poderiam não ter ocorrido se a regulação tivesse sido bem-feita. A distribuição rápida desses pacientes para as unidades corretas poderia ter evitado”, afirmou.

A declaração ocorreu em conversa com a imprensa, na manhã desta quinta-feira (8), após vistoria no hospital. A visita foi motivada por acusação do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que na semana passada disse que no período da intervenção pacientes em estado grave foram deixados no Hospital São Benedito para morrer. Conforme o levantamento, a unidade hospitalar registrou 196 óbitos entre 15 de março e 31 de dezembro, sendo que no mesmo período de 2022, foram 105 mortes; aumento de 86%.

A prefeitura afirmou que o aumento é resultado da má gestão do gabinete de intervenção, que teria retirado da unidade a alta complexidade, nas áreas de ortopedia e neurocirurgia. Segundo a prefeitura, pacientes graves chegavam nas UPAs e eram encaminhados para o São Benedito, mesmo que já fosse de conhecimento da gestão que a unidade não tinha como atendê-los.

A postura do prefeito foi questionada pelo presidente do TCE-MT. “Não adianta ficar jogando informações truncadas e equivocadas, o TCE sabe o que fez, o que está fazendo e o que vai fazer. Não adianta ficar com informações jogadas ao vento, quando um gestor quiser denunciar ou cobrar, pode chegar no TCE, Ministério Público e Tribunal de Justiça, não precisa ficar jogando informações pela imprensa para depois ver como é que fica, para tentar buscar convencimento”.

“Poderiam ter levado os questionamentos para o TCE e MPE, mas jogar na imprensa? As informações estão equivocadas, é absurdo chamar profissionais de nazistas, dizer que isso aqui virou câmara de gás, não é verdade. Isso é discurso político, de ataque político. Não é política de gestão”, acrescentou.
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