O Sindicato dos Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur) manifestou, mais uma vez, solidariedade à professora Giulyane Santana, que passou em primeiro lugar no concurso público da Prefeitura de Rondonópolis (215 km de Cuiabá), na categoria PCD (Pessoa Com Deficiência). Com 25 anos, a educadora luta para tentar tomar posse no concurso desde o início de janeiro.  

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Na ampla concorrência, ela foi considerada inapta por manifestar traços de autismo. Nos critérios de PCD, ela não foi considerada autista. Mesmo conquistando o direito à vaga, inicialmente, pela colocação no concurso público e posteriormente por via judicial, Giulyane continua fora do serviço público.

"Isso que está acontecendo é um absurdo, olha o que essas pessoas, completamente despreparadas, estão fazendo com a cabeça desta moça! Não é possível que uma cidade do tamanho de Rondonópolis não consiga resolver um caso tão simples. Estão expondo essa professora a um total constrangimento. O Sispmur repudia essa situação e já colocamos toda nossa estrutura para ajudar essa companheira que luta pelo sonho de ingressar no serviço público", explicou Geane Lina Teles, presidente do sindicato.

A sindicalista lembra que a Prefeitura não pode mais protelar a posse da professora Giulyane. "Chega desse jogo de empurra, ela tem a justiça, os servidores e toda a sociedade em seu favor. O prefeito, num gesto nobre, deveria receber a Giulyane, pedir desculpa e ele mesmo assinar a posse dela. Espero que assim que ela assumir uma cadeira na educação municipal não ocorra perseguição. Se essa moça sofrer qualquer tipo de assédio, nós vamos promover a maior manifestação da história da cidade e mostrar quanto uma gestão que se diz inclusiva e na realidade muito seletiva", complementou.