Pré-candidato do PT à Prefeitura de Cuiabá, o deputado estadual Lúdio Cabral lamentou a retirada do chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, da corrida ao Palácio Alencastro. O secretário perdeu a disputa interna com o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho, confirmado como o nome do União Brasil, comandado pelo governador Mauro Mendes.

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Na avaliação de Lúdio, o cenário ideal seria o de mais candidaturas. Afirmou que com o recuo, a disputa tende a ficar mais forte entre três nomes: Botelho, Abílio Júnior (PL) e o dele próprio.

“Cenário ideal seria ter a candidatura do Fábio, pois a população teria mais opções de escolha e teríamos uma eleição mais disputada. Mas, ninguém escolhe adversário e o cenário desenhado é esse de três candidatos fortes. Abílio tem candidatura forte, Botelho tem outra e nosso campo também tem chance de apresentar uma candidatura forte”, afirmou, em entrevista ao podcast Pinga Fogo, nesta segunda-feira (19).

“Quanto mais candidatos, melhor. É legítimo ao grupo mais ligado ao governador lançar um nome. O candidato do coração de Mauro era o Fábio”, acrescentou.

Lúdio ainda ressaltou que sem Fábio, é possível que a eventual candidatura de Abílio fique fortalecida, já que muitos eleitores de Mauro são bolsonaristas e votariam no deputado federal por tal identificação.

Ainda sobre a decisão, Lúdio levantou suspeitas quanto a forma como o anúncio de Mauro foi feito, por meio de nota publicada nas redes sociais do partido. Sugeriu que o comportamento demonstrou desconforto, o que pode acabar refletindo na campanha do eventual adversário.

“Não dá para negar que a forma como essa decisão foi anunciada sinaliza algumas coisas. Simbologia, de que forma essa decisão foi anunciada. Quando é decisão de unidade, você anuncia com todo mundo junto à mesa. Ela foi anunciada por uma nota no Instagram, parecendo nota de pesar. Tem trauma”, declarou.

“Fábio gravou um vídeo em que não cita o nome do Botelho em nenhum momento. Não foi um processo tranquilo e pode ter repercussão”, pontuou.