O deputado federal Juarez Costa (MDB) criticou o pedido de abertura de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após comparação entre os ataques de Israel, na Faixa de Gaza, ao extermínio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. O posicionamento é desta quinta-feira (22).
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Ele ressaltou que não vai assinar a proposta apresentada pela oposição, por não ter embasamento legal. O emedebista comentou que o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), deve engavetar o documento, que já tem mais de 100 assinaturas.
“Primeiro, nós não podemos naturalizar as coisas, nós não podemos achar que é normal 20 mil mulheres e crianças morrerem, então estamos naturalizando muitas coisas ruins, isso é perigoso. Segundo, eu acho que vocês viram a entrevista do Lira, não existe nada para abertura de um processo de impeachment, você tem que ter embasamento legal, não existe nada para isso e Lira disse que jogaria na lata de lixo esse pedido”, disse em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (22).
Juarez acredita que a medida não deve impactar o governo do presidente e ressalta que o momento é de se preocupar com o desenvolvimento do país e não se envolver com picuinhas.
“Não [gera impacto na gestão Lula], eu acho que não. Temos que pensar que o país tem que ir bem, eu sou democrata, eu sou daquele que respeita os resultados da urna”, frisou.
Cinco deputados da bancada de Mato Grosso na Câmara Federal, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), assinaram o pedido de abertura de impeachment. São eles: Abílio Brunini (PL); Amália Barros (PL); Coronel Assis (União); Coronel Fernanda (PL); José Medeiros (PL).
O documento apresentado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP) destaca que Lula incorre em crime de responsabilidade ao ter comparado os ataques de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Nas redes sociais, Zambelli destacou que a Constituição Federal prevê que são crimes de responsabilidade contra a existência política da União "cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”. Ela ressalta que o presidente, ao fazer a comparação, expõem o país a perigo de guerra.
