Olhar Direto

Quinta-feira, 16 de maio de 2024

Notícias | Cidades

PRESSIONADOS A COLABORAR

Investigação aponta que servidores nomeados por Emanuel foram obrigados a doar para campanhas

Foto: Reprodução

Lista divulgada pela DECCOR aponta servidores nomeados por Emanuel Pinheiro e que doaram para campanha eleitoral do prefeito

Lista divulgada pela DECCOR aponta servidores nomeados por Emanuel Pinheiro e que doaram para campanha eleitoral do prefeito

Relatório técnico elaborado pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (DECCOR), que embasou o pedido do NACO Criminal para o afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), apontou uma extensa lista de servidores comissionados investigados por envolvimento em esquemas de corrupção na Prefeitura de Cuiabá e que realizaram doações para a campanha do emedebista, tanto em 2016 quanto em 2020, quando foi reeleito.


Leia também
Emanuel teria cobrado propina de R$ 30 mil para manter contrato com empresa visando cobrir gastos de campanha


Um dos casos citados pelo relatório é de Mhayanne Escobar Bueno Beltrão, alvo da Operação Curare, da Polícia Federal, que teve como objetivo investigar supostas irregularidades na Secretaria Municipal de Saúde (SMS). No depoimento ao Ministério Público, Mhayanne relatou que foi procurada por Gilmar de Souza Cardoso, assessor executivo da Pasta, a pedido do chefe do Executivo municipal, em novembro de 2022.

Na conversa, que foi gravada pela depoente, Gilmar teria dito que Emanuel havia determinado que fosse dado um emprego ao marido da Mhayanne. O prefeito estaria preocupado com a situação da depoente, que na época estava desempregada.

“O prefeito pediu para Gilmar fazer essa interlocução, possivelmente, com a intenção de não me deixar desamparada e evitar consequências em procedimentos criminais envolvendo a Saúde de Cuiabá”, disse em depoimento.

Mhayanne disse que por ser alvo da operação, ficou com restrições em seu nome, impedindo de prosseguir no financiamento de uma casa recém-adquirida, além de não conseguir emprego.

Ainda no depoimento, a investigada relatou que doou R$ 1.060 para a campanha de Emanuel, cumprindo ordem do ex-secretário de Saúde Célio Rodrigues da Silva, que teria continuado tendo influência na gestão municipal, mesmo após ter sido afastado pela Justiça.

Segundo Mhayanna, o valor da doação de cada servidor nomeado por Emanuel era de acordo com o cargo que ocupava.  “De acordo com o seu salário, o valor da doação seria de R$ 1.060. Mhayanne disse que não tinha, mas Célio disse ‘é bom dar, né?!’ Desse modo se sentiu pressionada e então efetuou a doação”.

Doações

Outras doações citadas pelo relatório foram realizadas pelo ex-secretário de Saúde, Luiz Antonio Possas de Carvalho, que doou R$ 25 mil para a campanha de 2020. O ex-gestor foi alvo das operações Curare/Cupincha e Overpriced.

Gilmar de Souza Cardoso doou R$ 9 mil também em 2020. Além de ter sido afastado do cargo também nesta segunda, ele foi alvo da Operação Smartdog. 

A lista da Deccor ainda traz os nomes de: Ivone de Souza, Milton Correa da Costa Neto, Antônio Monreal Neto, Adila Terezinha de Andrade, Benedito Oscar Fernandes de Campos, Joany Costa de Deus, João Henrique Paiva, Liandro Ventura da Silva e Célio Rodrigues.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet