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Domingo, 05 de maio de 2024

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DROGAS SINTÉTICAS

Líder de esquema contava com apoio de faccionado para fazer rateio e comercialização de entorpecentes

Foto: Reprodução

Líder de esquema contava com apoio de faccionado para fazer rateio e comercialização de entorpecentes
Investigações da Polícia Civil apontam que Arthur Gallio de Oliveira, conhecido como “Atú” ou “Predella”, é o líder do grupo criminoso que atuava na venda de drogas sintéticas, na região metropolitana de Cuiabá. O rapaz contava com a ajuda de um faccionado para fazer o rateio, distribuição e comercialização dos entorpecentes. Os dois, juntamente com outras 41 pessoas, foram presos no âmbito da Operação Doce Amargo 3, deflagrada nesta terça-feira (5), pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).


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Gallio, de acordo com a decisão da operação, que o Olhar Direto teve acesso, foi alvo da Operação Doce Amargo e já responde por uma ação penal, pela prática de crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Ele cumpria algumas medidas cautelares.

Nas investigações sobre a terceira fase da operação, a polícia conseguiu autorização judicial para quebrar o sigilo telefônico de Arthur e, após análises, concluiu que ele exercia "posição central na associação", cooptando membros, fazendo o rateio dos entorpecentes, além de atuar na distribuição e entrega das drogas.

“Remontando os diálogos à prática da narcotraficância no ano de 2023, de maneira intensa, quanto a rateio, financeiro, distribuição e entrega de entorpecentes”, diz trecho da decisão.

“As conversas travadas mostram que o alvo é responsável por movimentar intensamente o comércio ilícito e as atividades criminosas dos demais representados, tal como se observa dos diversos prints colacionados neste decisum todos extraídos da prova pericial produzida e encartada no caderno investigativo”, narra outra parte.

As investigações ainda mostram que Gallio era auxiliado intelectualmente por Gabriel Oliveira de Albuquerque Jorge Bruno, vulgo Oliveira, membro de uma facção criminosa. O suspeito fazia o rateio e "as entregas na comercialização de entorpecentes, com traquejo e habitualidade que revelam a estabilidade e a permanência no tráfico de drogas, de maneira associada entre os alvos", aponta trecho da decisão.

Ainda em diálogos, a polícia descobriu que Oliveira e Gallio teriam feito uma emboscada para um alvo de busca e apreensão durante a deflagração da Operação nesta terça-feira. Juntos, eles pretendiam surrar e roubar a droga da vítima. Em um diálogo, eles ainda sugeriram levar uma arma de fogo para ameaçar o rapaz.

"Eu não to conseguindo falar com meu amigo lá no Alvorada, que ele é irmão (faccionado) também, ia ser até melhor, que eu só arrastava ele para a fita (cometer o crime), mas larga a mão, vamos só nós quatro", diz um dos suspeitos.

"Tô até vendo irmão , quando entrar naquele carro eu vou falar assim: você tem duas opções colabora com nós ou vamos para o Alvorada, qual você prefere?", diz Gallio.

Operação

A terceira fase da Operação Doce Amargo, deflagrada na manhã desta terça-feira (5), cumpriu mandados judiciais contra traficantes de drogas sintéticas que atuam na região metropolitana de Cuiabá. Ao todo, foram 151 ordens judiciais, sendo 43 de prisão preventiva, 54 de buscas e apreensões e mais 54 para bloqueios de contas.

As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá, após representação por medidas cautelares elaborada pelos delegados da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), com base nas investigações realizadas pelas equipes policiais da especializada.

Segundo o delegado Gutemberg Lucena, a operação dá sequência às investigações no âmbito da Doce Amargo, incluindo alguns mesmos alvos das outras fases. 

De acordo com os delegados da DRE, os alvos, em sua maioria, são jovens de classe média alta, incluindo até mesmo estudante de medicina.

Uma modalidade comum no tráfico de drogas sintéticas é o rateio para compra em maior quantidade dos entorpecentes. Devido ao valor alto, os criminosos seguem com a distribuição entre outros pequenos traficantes, que comercializam as drogas em festas ou por meio do delivery para entregas.
 
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