A secretária-geral do MDB em Mato Grosso, deputada Janaina Riva, disse que a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que derrubou o afastamento do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, não causou surpresa, mas ressaltou que a permanência de seu “colega” de partido no comando da capital é um risco à cidade que, em sua avaliação, está cada vez mais em estado de calamidade.

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“Nos preocupa muito porque a gente vê uma cidade com grave crise financeira, a gente vê cada dia mais a cidade com mais buraco, com mais dificuldade, não vou mentir pra vocês, todos empolgaram um pouco com o discurso do Stopa [vice-prefeito] de fazer um enxugamento e tentar equilibrar a máquina com menos politicagem, que é o que nós gostaríamos”, ressaltou em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (8).

Janaina comentou que esperava que, sem o prefeito no comando do Alencastro, Cuiabá voltasse a ser uma cidade em “condições habitáveis”. Ela disse que a situação financeira e da estrutura da capital está a deixando preocupada e questionou quanto tempo vai demorar para que o próximo gestor possa colocar a situação nos trilhos.

“Ele continua conduzindo a cidade como se estivesse em eleição. Fazendo mais gastos, fazendo politicagem e a cidade entrando cada vez mais num colapso maior. Então, nós sem dúvida nenhuma, quando vi o afastamento não foi uma surpresa, o retorno também não, porque nós sabemos que isso faz parte do judiciário, mas criou uma expectativa, criou na sociedade que as coisas poderiam pelo menos ser amenizadas, ninguém quer nada inventivo em Cuiabá, queremos o básico”, frisou.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) afastou o prefeito sob a acusação de liderar uma organização criminosa que provocou danos ao erário na Secretaria Municipal de Saúde. A decisão monocrática foi do desembargador Luiz Ferreira da Silva, na segunda-feira (4).

No entanto, quatro dias depois, o ministro Ribeiro Dantas concedeu liminar suspendendo a cautelar que afastou o emedebista. Conforme Dantas, é prudente evitar o afastamento do exercício do mandato eletivo pelo menos até que se tenha uma definição da Quinta Turma sobre o foro competente para a análise das imputações.