O estado de Mato Grosso é a unidade da federação com a maior disparidade de salário entre homens e mulheres, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua). Por aqui, a diferença é de 30,5%, ou seja, as mulheres com o mesmo conhecimento e cargo recebem em média 30% a menos do que os homens. Se considerar 10 anos atrás, Mato Grosso aumentou essa diferença. Em 2014, a maior diferença do país era observada em Santa Catarina (34%), a menor era o Amapá (6,7%), São Paulo (31%) e o Mato Grosso tinha um percentual de 28%. A pesquisa traz ainda que o rendimento médio real mensal recebido no trabalho principal no Brasil alcançou um recorde de R$ 3.032, em 2023. As mulheres trabalhadoras, entretanto, permanecem recebendo um valor menor do que o do salário médio dos homens, de acordo com a PNAD. Os homens recebem em média R$ 3.233, enquanto as mulheres, R$ 2.562. Ou seja, uma diferença de 20,7% entre rendimentos, com o mesmo conhecimento e o mesmo cargo ocupado.