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Domingo, 28 de abril de 2024

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preso nesta segunda

Fazendeiro conheceu 'intermediário' da morte de Zampieri em grupo pró-Bolsonaro

Foto: Reprodução

Roberto Zampieri em destaque

Roberto Zampieri em destaque

O fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, de 74 anos, preso nesta segunda-feira (11), suspeito de ser o mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro do ano passado, em Cuiabá, conheceu o coronel reformado do Exército Brasileiro, Etevaldo Caçadini, intermediador do crime, no grupo chamado "frente ampla patriota", de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


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Lá, Aníbal teria confidenciado que tinha o desejo de matar Zampieri porque acreditava que o jurista tinha uma suposta influência no alto escalão no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e perguntou ao coronel se conhecia alguém que pudesse cometer o crime.

"Eles iam para frente de quartéis, pedindo uma ação mais enérgica do exército em prol do conservadorismo", explicou o delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que está à frente do caso.

A autoridade policial ainda explicou que uma disputa agrária na casa dos R$ 6 milhões, na cidade de Paranatinga (384 km de Cuiabá), teria motivado a morte do advogado.

Segundo Farias, o irmão de Aníbal teria perdido uma terra na cidade para um cliente de Zampieri. Por medo de também perder uma terra, o fazendeiro teria pedido a intervenção de terceiros.

“Teve uma reintegração de posse em desfavor do irmão do Aníbal e, no momento da reintegração, na execução de sentença, também entrou em discussão a terra do Aníbal”, explicou o delegado.

“Ele entrou com uma intervenção de terceiros alegando que a terra dele não tinha nada a ver com aquela disputa do seu irmão”, acrescentou Farias.

Ainda de acordo com o delegado, as provas técnicas reunidas durante as investigações apontam para a ligação entre o fazendeiro e os demais investigados. Para Nilson, Aníbal seria o tal homem com sotaque italiano apontado durante o depoimento de Antônio Gomes da Silva, o pistoleiro.

Prisão

Aníbal Manoel Laurindo, suspeito de ter participação no assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto em dezembro do ano passado, foi preso nesta segunda-feira (11) após se apresentar com seu advogado na sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A esposa dele, também investigada pelo homicídio, continua foragida.

Além dele, outros três suspeitos no envolvimento na morte do advogado estão presos, sendo o executor Antônio Gomes da Silva, o intermediário Hedilerson Fialho Martins Barbosa e o coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas. 

A veterinária Maria Angélica Caixeta Gontijo também chegou a ser presa, apontada inicialmente como a mandante do crime. Contudo, no dia 18 de fevereiro, o juiz João Bosco Soares da Silva, revogou a prisão da empresária, alegando que não há provas concretas da participação dela na execução de Zampieri.

Agora, a autoridade policial contou que, com a prisão dos envolvidos no assassinado do advogado, o caso caminha para o fim.

"Chegamos ao exaurimento da investigação e agora, em termos de número de pessoas, é somente realmente tratar o desfecho de todo esse caso", disse o delegado.

Morte

Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 5 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na capital. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro, quando foi atingida pelo executor, que fez diversos disparos de arma de fogo.
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