O deputado federal José Medeiros (PL), ao se ver encurralado pelos próprios companheiros de partido por ter sido o político de Mato Grosso que levou o prefeito de Sinop (500 km de Cuiabá), Roberto Dorner, para se filiar em Brasília, queria jogar a responsabilidade para outro.
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Grupo da extrema direita esperava que Dorner continuasse no Republicanos e o PL escolhesse entre Dalton Marttini, Rosana Martinelli ou Mirtes Grotta para disputar o Paço Municipal. No entanto, sem muito alarde, Dorner foi até Valdemar Costa Neto, se filiou e até gravou vídeo para espalhar nas redes sociais. Mas, quem deu carona e levou Dorner para Valdemar foi o deputado federal Medeiros.
Depois disso, o clima ficou tenso, pois uma parte do PL aplaudiu a chegada de Dorner e outro lado não gostou nada da filiação, buscando até o ex-presidente Bolsonaro para pedir que Mirtes não saísse do partido, pois Bolsonaro queria caminhar com ela em Sinop e a escolha do nome oficial seria apenas no período de convenção.
Após isso, Medeiros ficou de um lado para outro, tentando corrigir a situação por telefone. A informação de bastidor é que Medeiros chegou a ligar para o senador Wellington Fagundes e pedir que ele assumisse a "bronca" de ter colocado Dorner no PL, só porque Wellington é chamado de "melancia" pelos eleitores mais radicais do grupo bolsonarista.
"Ele queria que o senador assumisse a bronca e Wellington logo disse: 'me deixa fora disso'. Isso só porque o senador é chamado de melancia", confirmou a fonte. Esse apelido de Wellington se deu porque, para os bolsonaristas radicais, ele usa roupa verde, mas por dentro é vermelho como o PT.
E vale ressaltar que esse momento frágil envolvendo Medeiros e o grupo radical, dá espaço para que outros políticos possam querer ser candidato ao Senado, assim como destacou o Olhar Direto na tarde de quinta-feira (21), expondo que o deputado estadual Cattani e a deputada federal Amália estariam articulando com Bolsonaro para um deles disputar em 2026.
