Apesar do "impostômetro" ter apontado que os mato-grossenses pagaram mais de R$ 10 bilhões de tributos em menos de três meses, o governador Mauro Mendes (União) ressaltou que é necessário ter cautela até o final do ano.
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“O ano mal começou. Cautela, chá de erva-doce não faz mal para ninguém. Eu sempre administrei assim com cautela, com responsabilidade, cuidando bem de receita e despesa, não dá para chorar, mas também não dá para comemorar”, comentou durante entrevista ao Olhar Direto.
Ele comentou que caso o cenário se repita ao longo dos próximos meses, a tendência é que o governo vá ajustando seus investimentos em obras e programas para melhorar a qualidade de vida da população, principalmente em logísticas, uma das áreas mais cobradas e onde o Executivo tem concentrado maior parte de suas aplicações.
“Se der superávit, tudo isso vai virar investimento para melhorar a vida do cidadão, como tem acontecido nos últimos cinco anos”, ressaltou.
No início do mês, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio), destacou que em 79 dias de 2024, os mato-grossenses pagaram mais de R$ 10 bilhões de tributos municipais, estaduais e federais.
O número é 18,42% maior ao apurado no mesmo período do ano passado, quando o valor recolhido somava quase R$ 8,5 bilhões.
Nas cidades polos do estado também foram verificados o crescimento do recolhimento de tributos durante o mesmo período, como em Cuiabá, em que verificou-se uma arrecadação de cerca de R$ 210 milhões, o que é cerca de 20% superior ao mesmo valor verificado para o período de 2023.
Em Várzea Grande, a arrecadação se mostra em R$ 29 milhões, Rondonópolis em R$ 55 milhões, Sinop R$ 41 milhões e Sorriso R$ 22 milhões, representando altas de cerca 17% na comparação com os valores verificados nesse período em 2023.
Até esta segunda-feira (25), de acordo com o impostômetro, o estado já recolheu R$ 12,7 bilhões.