O governador Mauro Mendes (União) reforçou a defesa de seu pacote de leis que tornam mais duras as penalidades contra os desmatadores ilegais. Segundo o governador, quem pratica esse crime é menos de 2% dos produtores do Estado.
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“Não podemos permitir que menos de 2% pratiquem um crime e prejudiquem 98%, porque na prática é isso que está ocorrendo. E quando você fala de tomar uma medida mais dura contra esses menos de 2% a pessoa assusta, não temos que assustar, nós temos que ter coragem de fazer o que é necessário para mudar uma realidade que prejudica o Brasil, que prejudica o meio ambiente, que prejudica o principal setor da economia brasileira que é o agro”, defendeu durante a AgroForum, da BTG Pactual, nesta quinta-feira (23).
Na semana passada, o governador encaminhou vários projetos a Assembleia Legislativa para tentar diminuir os índices de desmatamento ilegal no estado, entre as medidas proposta está a suspensão do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e da licença de qualquer atividade na área desmatada.
A ação é para tentar amenizar os incêndios, principalmente, durante o período de seca, onde são mais frequentes focos de calor, para impedir que cenas como ocorreu no Pantanal aconteçam novamente.
Durante o evento, Mauro voltou a defender a desburocratização, principalmente na emissão de licenças ambientais, no país. Ele disse que tem cobrado da ex-ministra da Agricultura, a senadora Teresa Cristina (PP-MS), a votação do novo Código de Licenciamento para tentar amenizar a situação.
“Quem é o relator é a ministra Tereza Cristina. Eu cobro dela o dia todo, encontrei ela em Nova Iorque, ela estava na mesa de um debate eu falei: ‘e o licenciamento?’, ela não entendia e quando ela desceu: ‘e o licenciamento?’, ela disse que estava pronto para votar, tem três anos que está parado no Senado Federal uma lei que moderniza, com foco numa questão não burocrática, mas sim resolutiva para que essas permissões ambientais proteja o meio ambiente e não privilegia a burocracia que acontece hoje”, ressaltou.
