O novo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ), Alberto Ferreira de Souza (56), diz ter a convicção do dever cumprido no judiciário e ressalta que a vida de um juiz “não é como um manso lago azul”. A declaração foi feita hoje pela manhã, após ser empossado no cargo de desembargador pelo Pleno do TJ no critério de merecimento, na vaga aberta em decorrência da aposentadoria da desembargadora Shelma Lombardi de Kato.

Ao relatar sua trajetória profissional, Alberto Ferreira também fez questão de ressaltar as dificuldades enfrentadas pelos juizes na atuação diária. “Para ser juiz é preciso ter coragem de lutar contra os poderosos e seguir em diante”, disse o magistrado que, agora, compõe o Pleno, mediante as polêmicas e escândalos envolvendo o judiciário mato-grossense, em que juízes e desembargadores são alvos de investigação pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Questionado sobre o assunto, o desembargador preferiu ser cauteloso e disse apenas que vai cumprir com o seu trabalho e estar à disposição do Poder Judiciário como sempre esteve.

A solenidade de posse foi acompanhada pelo conselheiro do CNJ, Jorge Hélio Chaves de Oliveira, e pelo conselheiro Nacional do Ministério Público (CNMP), advogado Almino Afonso. Além disso, diversas autoridades políticas compareceram ao evento como o vice-governador, Silval Barbosa (PMDB), o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB) e o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Júlio Campos (DEM).

“Eu pude acompanhar o desempenho dele [Alberto Ferreira] e posso garantir que é um magistrado de larga experiência”, declarou Wilson Santos.

Alberto Ferreira de Souza tem 23 de magistratura e jurisdicionou por 16 anos na Terceira Vara da Fazenda Pública da Comarca de Cuiabá. Para sua eleição foram considerados o desempenho e critérios objetivos de produtividade, segurança e presteza no exercício da jurisdição, a freqüência e o aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento.