Todos os novos projetos do Banco da Terra (crédito fundiário) estão suspensos por mais 90 dias. A determinação é do secretário de Desenvolvimento Rural, Neldo Egon (PR), em decorrência das denúncias de desvio de recursos, desvio de conduta de servidores e irregularidades no programa.
“Já havíamos suspendido os novos projetos por 120 dias, mas por causa das denúncias de irregularidades decidimos prorrogar a decisão por mais 90 dias, até que tudo seja apurado”, declarou Egon em entrevista exclusiva ao
Olhar Direto, por telefone.
Conforme apurou o
Olhar Direto, a Polícia Federal (PF) está investigando desvio em projetos no Banco da Terra e eventuais participações de servidores públicos no esquema fraudulento que pode ter causado um rombo milionário no programa.
De acordo com o secretário, processos administrativos vão ser abertos para apurar a participação e/ou responsabilidade de servidores públicos nos projetos de crédito fundiário. No Diário Oficial do Estado já foi publicada a abertura de um processo administrativo para apurar irregularidades em Brasnorte.
Outros municípios que devem ser investigados são Cáceres, Conquista D’Oeste, Rosário Oeste, Poconé e Denise. Em todos eles há indícios de que servidores tenham entrado em conluio com intermediários no trâmite de aquisição de terras para assentamentos.
A fraude e/ou o rombo no Banco da Terra teriam começado na gestão dos secretários Chico Daltro (atualmente na Secretaria de Ciência e Tecnologia) e Otávio Palmeira, ambos da gestão Dante de Oliveira/Rogério Salles.
Segundo fontes, a Polícia Federal já ouviu cinco servidores da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder). Dentre eles, um foi exonerado da função específica que exercia na pasta.
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