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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Policiais militares são presos sob suspeita de execução no Paraná

Doze policiais militares foram presos, na tarde desta sexta-feira (30), sob a suspeita de envolvimento em um suposto confronto com cinco jovens, em Curitiba. Os rapazes foram encontrados mortos em 11 de setembro deste ano, em um matagal. De acordo com a Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial de comunicação do governo paranaense, mais um policial também teve a prisão decretada, mas, até as 19h desta sexta-feira, ainda não havia sido detido.


Os policiais haviam alegado que iniciaram uma perseguição depois que avistaram o grupo em um carro roubado. Depois de percorrer várias ruas, eles teriam furado um bloqueio policial montado pela equipe da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) . Segundo a versão dos policiais, o carro bateu em uma mureta e os jovens saíram do carro atirando. Na troca de tiros, eles foram mortos.

O transporte das vítimas para o Hospital Cajuru foi realizado pelos próprios policiais. O coronel Jorge Costa Filho, comandante do policiamento da capital, declarou na ocasião que isso havia acontecido para que os jovens fossem atendidos mais rápido.

No dia 14 de setembro, o governador Roberto Requião (PMDB) determinou que todas as pessoas feridas em confrontos armados com a PM devem ser atendidas pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate).

Segundo o Inquérito Policial Militar (IPM), instaurado pelo Comando do Policiamento da Capital, aponta que, depois de bater o veículo, os jovens se renderam e não atiraram contra os policiais. Eles foram feridos e algemados. O aparelho rastreador instalado no carro da PM revelou que os policiais pararam em um matagal antes de levar as vítimas para o hospital.

“As provas colhidas durante a investigação demonstram indícios muito fortes de que houve execução, contrariando a primeira versão dos policiais. Isso é uma atitude de bandidos e não de policiais”, declarou à AEN, o secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, que nesta semana esteve na Assembleia Legislativa respondendo a questionamentos relacionados à violência no estado.

A AEN informou que o pedido de prisão foi feito pela PM e aceito pelo juiz Davi Pinto de Almeida que expediu a medida cautelar restritiva de liberdade contra os 13 policiais militares. O local onde eles estão presos não será divulgado por questões de segurança.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR), que acompanhou o IPM, aguarda alguns laudos técnicos para, assim como a PM, concluir as investigações. Caso o homicídio seja comprovado, os policiais vão responder pelas mortes na Justiça Comum.
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